qua e sáb, 19h30 > qui e sex, 21h30 > dom, 16h30
Sala Estúdio
Espetáculo integrado no Plano de Assinaturas do D. Maria II.Saiba mais aqui. Revelar o estrangeiro que albergamos.
Elmano Sancho evoca a conflituosa reviravolta de expectativas em torno do seu nascimento para levantar o véu de Damas da Noite: os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino. O encenador pretende assim dar vida a esse outro desejado de si mesmo, como se este fosse uma espécie de duplo e existisse numa realidade paralela que Damas da Noite encena. Para erguer essa figura ficcionada chamada Cléopâtre, Elmano Sancho imergiu no mundo fascinante e provocador do transformismo. Os artistas transformistas "vestem a pele de um outro, tentam ser um outro”. São "flores que abrem de noite”, intérpretes de uma transformação "pautada pela transgressão, o desconforto, a ambiguidade, a brutalidade dos corpos e a violência das emoções”. Através dessa interpretação paradoxal da diferença, Damas da Noite explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher, teatro e performance, tragédia e comédia, original e cópia, interior e exterior, dia e noite. Nesse jogo de relações, aposta-se a identidade como matéria fluida, "rimbaudiana”, revelando o outro que somos, o estrangeiro que albergamos.
Sessão com interpretação em Língua Gestual Portuguesa
22 mar
Conversa com artistas após o espetáculo
22 mar
Fonte: http://www.tndm.pt/pt/espetaculos/damas-da-noite-uma-farsa-de-elmano-sancho/