12:00 até às 18:00
O Espaço Ilimitado da Pintura - Obras da Coleção Nadir Afonso

O Espaço Ilimitado da Pintura - Obras da Coleção Nadir Afonso

O Espaço Ilimitado da Pintura - Obras da Coleção Nadir Afonso
08 março 2019 a 05 janeiro 2020
 MU.SA - Museu das Artes de Sintra

"Foi a abordagem da última fase da obra de Nadir que me pareceu dever centrar, nesta nova retrospetiva, o sentido da abordagem geral que — sem esquecer jamais a importância das anteriores, muito mais conhecidas, e evidenciando, através de múltiplos trabalhos, quer em gouache quer em tela, o seu desenvolvimento — propiciasse aos espectadores e admiradores do Artista um conhecimento mais pleno deste sentido novo que Nadir entendeu dar ao seu trabalho a partir de meados da década de setenta. 

Aquele que, em meu entender, foi levando até às últimas consequências as premissas conceptuais do que iniciara, no final da década de cinquenta, com a invenção da máquina óptica Espacillimité e com a série do mesmo nome. 

Na verdade, e como ficará demonstrado, essa invenção permitiu ao artista preparar o salto formal que, a partir de meados da década de setenta do século XX, o levaria a abandonar a estrita disciplina abstrativa anterior, para agora abraçar, de modo extremamente original, as consequências visuais da sua invenção, aplicando-as um novo e riquíssimo programa plástico. Série nova, de que guardou uma significativa parte na coleção que hoje pertence à Fundação, e que, pela primeira vez de modo sistemático é agora mostrada nesta retrospetiva, evidenciando o que era até agora menos conhecido.

Esta opção curatorial vem assim fechar um ciclo em que foi possível inventariar uma obra longuíssima e sempre inquieta que, ao longo de quase sete dezenas de anos, conduziu o Artista através de uma sucessiva vontade de experimentação, que jamais abandonou, avesso como era a deixar-se iludir pelas tentações do mercado e em que, com enorme originalidade se reinventou constantemente. Na medida em que creio que esse percurso foi absolutamente coerente e lúcido e sobretudo demonstra, na sua última inclinação, que Nadir entendia já, em antecipação notável, alguns caminhos que iria tomar anos depois aquilo que chamamos hoje de Contemporâneo. Em certa medida as suas, utópicas, são já as cidades do futuro. Porque se artista houve, na arte portuguesa, que tenha sido sempre contemporâneo do seu próprio tempo estético, esse foi decerto Nadir."

 - Prof. Doutor Bernardo Pinto de Almeida



Horários:
Horário de inverno a partir do 1º dia útil de outubro
Terça a sexta-feira : 10h00 às 18h00
Sábado e domingo : 12h00 às 18h00

Horário de verão a partir do 1º dia útil de abril
Terça a sexta-feira : 10h00 às 20h00
Sábado e domingo : 14h00 às 20h00

Encerra à segunda-feira e aos dias feriados
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