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Open House Porto 2019 / A Arquitetura de portas abertas

Open House Porto 2019 / A Arquitetura de portas abertas

Grátis
Depois do enorme sucesso da última edição, que contou com 32 mil visitas, o 5º Open House Porto (OHP) já tem data marcada. Nos dias 29 e 30 de junho, um vasto conjunto de espaços de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia vai abrir as suas portas gratuitamente, mostrando a excelência do património arquitetónico das três cidades. Este roteiro apresenta 70 espaços, 60 por cento dos quais inéditos e mostram-se pela primeira vez a todos os que queiram conhecê-los. Desde a primeira edição, em 2015, o OHP já recebeu quase 100 mil visitas.

Organizada e produzida em exclusivo pela Casa da Arquitectura (CA) – Centro Português de Arquitectura, a edição 2019 do Open House Porto é comissariada pelos arquitetos Joana Couceiro e Nuno Valentim. “Uma equipa jovem com diferentes experiências profissionais, com conhecimento e intervenção sobre a grande transformação que se está a operar no tecido urbano das cidades”, diz o diretor executivo da CA. Nuno Sampaio realçando ainda a “excelência da dupla curatorial e o ambicioso roteiro que se apresenta à Casa da Arquitectura com esta curadoria”.
 
O roteiro de 2019 é dedicado à “Vida Interior”. Um percurso em que “a casa (ou a cidade) dá-se a ver do outro lado do umbral.” “A porta entreaberta é lugar de expectativa e suspensão. Dentro pode estar um espaço quente e familiar ou, pelo contrário, isolado e agreste”, conforme descrito no texto curatorial.
 
Contando com a parceria estratégica das Câmaras Municipais de Matosinhos (CMM), Porto (CMP) e Gaia (CMVNG), o Open House Porto pretende continuar a afirmar-se como um dos momentos culturais mais significativos do ano. No sentido de assegurar que cada edição é original e irrepetível, o OHP propõe este ano “uma viagem pelos lugares de interioridade”, desvelando “muitas casas, palácios, bairros, alguns monumentos; entrar na cidade, penetrar nos seus segredos, saber dos seus interstícios e das pessoas (ou da sua ausência)”.
 
LINHAS CURATORIAIS 
Vida Interior
O Open House, iniciado em Londres há quase três décadas, disseminou-se pelo mundo tendo chegado a mais de quarenta cidades, nomeadamente ao Porto, Matosinhos e Gaia, com a primeira edição, em Junho de 2015.
 
A iniciativa tem, por isso, já implícita uma certa ideia curatorial que sintetiza o desígnio do evento: abrir portas, abrir de forma gratuita as arquitecturas e o debate à cidade.
 
O que se impõe, a cada nova edição, é a escolha dos espaços e a construção de um discurso que auxilie essa escolha, ainda que, alguns espaços se repitam ao longo das várias edições pela sua procura, pela exclusividade das visitas ou, ainda, simplesmente, porque há experiências que se deseja repetir.
 
Este poderoso conceito – Open House –, que abre o interior e a intimidade ao público, não deixa de ser um paradoxo. Ele implica uma certa inversão do carácter e da vocação da maioria dos espaços, que, ainda que temporariamente, vêem o seu programa transformado em ‘objecto museológico’ dado a ver aos olhos de um vasto público.
 
O que este ano se propõe é a consciencialização deste fenómeno, ou seja, numa leitura literal do evento, a casa (ou a cidade) dá-se a ver do outro lado do umbral e, do outro lado, há muito mais do que um espaço inacessível ou um objecto arquitectónico ímpar; do outro lado há vida no interior.
 
A porta, entreaberta, é lugar de expectativa e suspensão.
Dentro, pode estar um espaço quente e familiar ou, pelo contrário, um território isolado e agreste.
A experiência da passagem sujeita o corpo a impactos de escala, à metamorfose da luz, da temperatura, e à transformação do ar.
As transições interpelam os sentidos na descoberta do avesso do espaço visível: o silêncio de um claustro, o horizonte de um miradouro, aquele canto para ler, uma sala para estar; a cozinha
desarrumada, uma banheira vazia, ou a alcova apertada.
 
Esta leitura está na base da escolha de cada espaço (ainda que muitos tenham ficado de fora pelas mais variadas razões) e é sob a lente de uma ideia de ‘vida’ (histórica, arquitectónica, sociológica, antropológica) que se propõe uma viagem pelos lugares de interioridade.
 
‘Vida Interior’ vai desvelar muitas casas, palácios, quintas, pátios, jardins, bairros, edifícios banais, alguns monumentos; entrar na cidade, penetrar nos seus segredos, saber dos seus interstícios e das pessoas (ou da sua ausência) porque o essencial da arquitectura só se torna visível neste encontro.
 
É no último fim de semana de Junho e todos estamos convidados a entrar. Não é uma visita, é um encontro. 
Joana Couceiro e Nuno Valentim, Comissários Open House Porto 2019
 
MAIS INFO:
http://www.openhouseporto.com 
www.casadaarquitectura.pt
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