Miss Kittin, Caroline Hervé, a Rainha do Electroclash, para muitos. Ela foi uma das pioneiras e protagonistas da cena, mas esse titulo sempre a limitou e, tal como não escolheu ser Miss, (escolheu ser Kittin, Miss foram os promotores dos anos 90/2000 que lhe colaram à pele, à conta de chamarem Miss, nos cartazes, a todas as mulheres que passavam discos) também não escolheu fechar-se num estilo. Podemos dizer que, com The Hacker, Kittin estabeleceu o padrão electroclash, techno misturado com synth pop e letras irónicas mas, enquanto Dj, procurou sempre esticar os limites do género e manter-se fiel ao espírito original que, em miúda, a levava às raves como quem ia à missa. O novo álbum, Cosmos, saiu pela americana Dark Entries, é um disco introspectivo, embora quase não tenha canções, e também desafiante. Kittin está menos comprometida com correntes de estilo mas não perdeu o pulso, nem o controle da pista de dança, onde sempre mostrou ter argumentos fortes, muito para lá dos rótulos. Texto: Isilda Sanches --- ENGLISH --- Kittin, ex Miss, Caroline Hérve, some call her the Queen of Eletroclash. She was one of the pioneers and key figures of that scene, but the title always fell short, and just as she didn't choose to be called Miss (it was part of a trend within club promoters in the late 90s early 2000s, to call every girl Djing Miss), she didn't choose to be restricted to one category or genre. Working with The Hacker she set the pace for the whole electroclash thing, techno mixed with synth pop and ironic words but, as Dj, she always pushed the boundaries and kept true to the spirit that made her a devotee raver while young. The new album, Cosmos, out on Dark Entries, is an introspective and defying record. Kittin is now free of style guidelines, she knows and works the dancefloor beyond any expectations.
