O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) chega à sua décima edição. Para comemorar uma década de existência o festival estende a programação a novos espaços. Para além dos Cinema São Jorge, este ano, o Instituto Cervantes, o Fórum Lisboa e o Cinema City Alvalade são locais que acolhem o FESTin. Entre curtas e longas-metragens são exibidos 45 filmes. O Brasil está em destaque com seis títulos na Competição de ficção. De salientar Aos Teus Olhos, obra de Carolina Jabor escolhida para a abrir o festival e que aborda o linchamento público através através de aplicações telefónicas e das redes sociais; Ferrugem, de Aly Muritiba onde o mesmo tema é tratado mas da perspetiva da adolescência.
A Competição de documentários apresenta filmes das mais diversas proveniências lusófonas: o angolano Início do Fim, que narra a realidade da imprensa e da democracia após as eleições do país em 1992; a coprodução entre Portugal e Cabo Verde, Tarrafal – Dez Pancadas no Carril sobre a repressão salazarista; e Missão 115, que reconstrói o atentado à bomba que tentava frustrar a democratização do Brasil, em 1981.
As problemáticas do universo feminino são também tema de algumas obras, tais como: Marias da Sé (Portugal), Saudade Mundão (Brasil) e Lusófonas (Angola, Moçambique, Portugal e Brasil).
Fora da Competição, o universo indígena é o foco de Ex-Pajé, obra de Luiz Bolognesi estreada no Festival de Berlim. Em Karingana – Licença para Contar, um belo ensaio que reuniu a cantora brasileira Maria Bethânia e os escritores Mia Couto, moçambicano, e José Eduardo Agualusa, angolano.
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