“Macbeth” uma tragédia de William Shakespeare inadaptada pela Companhia do Chapitô. Encenação de John Mowat, com Pedro Carraca, Ricardo Peres e Tiago Viegas. "Macbeth" estará em cena no Festival-IN Inovação e Criatividade este domingo dia 17 de Novembro às 21h no Pavilhão 1, Auditório 1. A entrada do Festival custa apenas €5 e dá acesso a tudo. http://www.festivalin.pt/festival/ Partilhem, divulguem e apareçam :) https://vimeo.com/79391246 https://vimeo.com/79391355 https://vimeo.com/79391415 Reportagem sobre "Macbeth"no Correio da Manhã, por Catarina Nobre (o espectáculo estará em cena no Festival In, no Pavilhão1, Auditório1 às 21h) Entram em palco e começam a fazer rir ainda antes de abrirem a boca - muitas vezes só com a roupa que têm no corpo, ou com três livros como cenário. Cabe à imaginação do público acreditar que está perante uma grandiosa biblioteca. O truque? Uma forma reinventada de fazer teatro, que pouco uso faz da palavra: comunica por gestos. Desta forma, não excluem a comunidade surda entre os espectadores. Aqui o importante, "não é como se faz a história, é como se conta". Um destes casos é 'Macbeth', a peça mais curta de William Shakespeare, que a companhia de teatro transformou em comédia. Está em cena, na tenda de espetáculos do Chapitô, até domingo. Depois, é a vez de partirem em tour internacional. Primeiro Noruega e a seguir Finlândia, este é o percurso inicial, conta José Carlos Garcia. A peça de Shakespeare, encenada pelo britâncio John Mowat - um dos mestres do Teatro do Gesto -, conta a história de um general escocês que, influenciado pela mulher, matou o rei e ocupou o seu lugar. 'Macbeth' traz ao palco poder, traição, solidão e culpa. E tudo com um elenco formado apenas por três atores: Jorge Cruz, Ricardo Peres e Tiago Viegas. O resultado inclui kilts - porque a ação tem lugar na Escócia - e microfones. Comecemos pelos microfones: são verdadeiros cavalos nesta viagem de 'Macbeth'. Com eles, os três atores procuram efeitos inesperados, uns vêem-se e outros ouvem-se. E o espectador imagina um trono, árvores, pássaros, lanças, espadas e castelos. "Quando começamos a criar, não sabemos o que vai dar. Limitamo-nos a brincar" - explica o ator Jorge Cruz. Foi precisamente numa destas brincadeiras que surgiu a ideia de incluir microfones na peça. E acrescenta: "A certa altura, o John [Mowat] disse: ‘tragam o microfone'. Atrás do microfone veio o tripé, a coluna, a mesa de mistura e construímos assim o nosso cenário."