17:00
C2 - Otello
João Merino

C2 - Otello

Grande Auditório

Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Antonio Pirolli direção musical
Paulo Ferreira Otello tenor
Evelina Dobračeva Desdémona soprano
Gevorg Hakobyan Iago barítono
Marco Alves dos Santos Cássio tenor
Bruno Almeida Rodrigo tenor
Cátia Moreso Emília meio-soprano
Christian Luján Montano baixo
João Merino Ludovico barítono

Giuseppe Verdi (1813-1901) Otello (1.º e 4.º Atos)

Pôr em música algumas das tragédias de Shakespeare foi um sonho que perseguiu Verdi desde a juventude, pensando principalmente em Hamlet, A Tempestade e Rei Lear, cujo libreto Antonio Somma guardava religiosamente à espera de uma ocasião propícia. Verdi só iria conseguir tornar esse sonho realidade aos 33 anos com Macbeth levada pela primeira vez a cena em Florença, em março de 1847. Iriam passar-se mais de 40 anos antes que o público italiano pudesse voltar a escutar uma ópera de Verdi baseada num texto do dramaturgo inglês. Não seria nem Hamlet, nem A Tempestade nem Rei Lear, e a responsabilidade do libreto não caberia a Antonio Somma mas a Arrigo Boito. Verdi e Boito tinham-se desavindo, e a reconciliação ficou a dever-se ao editor Giulio Riccordi. Em 1879, durante um jantar com Verdi e o maestro Franco Faccio, Riccordi falou de Shakespeare, de Otello e de Boito. Verdi pareceu interessado. No dia seguinte, o maestro Faccio visitou o compositor na companhia do libretista. Boito regressou dias mais tarde com um esboço do libreto, e Verdi aconselhou-o a «ir escrevendo um texto que pudesse ser útil para ele, Verdi, para o próprio Boito... ou para outro qualquer.»
A primeira conversa de Riccordi acerca de Otello passou-se em 1879, mas Verdi iniciou o trabalho na ópera só 5 anos mais tarde. Entre o início do trabalho e a sua primeira apresentação pública iriam passar-se cerca de 3 anos.
A estreia de Otello teve lugar no Teatro alla Scala, em Milão, no dia 5 de fevereiro de 1887, com um sucesso extraordinário. Verdi tinha 72 anos.

Neste concerto, contaremos com a apresentação do primeiro e do último ato desta ópera, correspondendo, respetivamente, ao início da intriga perpetrada por Iago e ao consumar da tragédia.

Sinopse
O 1.º Ato passa-se num porto de Chipre onde a população espera a chegada do Governador da Ilha que regressa triunfante duma batalha com o exército turco. A frota consegue ancorar no meio duma tempestade terrível – mas outras tempestades aguardam Otello em terra. Entre a multidão que recebe Otello estão os oficiais Iago, Cássio e Montano e o veneziano Rodrigo. Rodrigo confessa a Iago que está apaixonado por Desdémona, a mulher de Otello. Iago, por sua vez, não esconde o ódio que tem a Otello, sobretudo depois de Otello ter nomeado Cássio para um novo cargo, em detrimento dele próprio. A conspiração não se faz esperar. Com a ajuda de Rodrigo, Iago embebeda Cássio e leva-o a confrontar-se em duelo com Montano, o antigo Governador. Otello aparece e demite Cássio. A multidão dispersa. Finalmente a sós, Otello e Desdémona renovam juras de amor eterno.
Entretanto nos 2.º e 3.º Atos, Iago põe em marcha toda a Intriga. Disposto a despertar os ciúmes de Otello, Iago convence Cássio, o oficial por ele demitido, a pedir a Desdémona que interceda junto do marido a fim de obter o seu perdão. Iago arranja um encontro entre Cássio e Desdémona e, quando os dois estão a conversar no jardim, aponta-os a Otello, insinuando suspeitas de traição. Junto de Emília, sua mulher e aia de Desdémona, Iago consegue obter um lenço que a jovem esposa lhe dera para lavar, com ele pretendendo sustentar a intriga. Mais tarde, no salão nobre do Castelo do Governador de Chipre, Desdémona tenta uma vez mais obter junto de Otello o perdão para Cássio, sem suspeitar da trama tecida por Iago. Para sua surpresa, Otello enfurece-se e expulsa-a da sua presença. Entretanto, Iago prossegue a intriga, levando Otello a testemunhar uma sua conversa com Cássio onde este lhe fala dos seus amores por uma cortesã, referindo o lenço que dela recebera. O nome da cortesã passa despercebido a Otello que julga ver confirmada a traição de Desdémona. É então que Iago lhe mostra o lenço que havia roubado, o que leva à fúria de Otello que, durante a receção ao Embaixador Veneziano, maltrata a mulher publicamente. Esse Embaixador vinha incumbido duma missão do Senado que reclamava a presença de Otello, devendo o governo da ilha ficar entregue a Cássio durante a sua ausência. Louco de ciúme e de raiva, Otello decide matar Desdémona encarregando Iago da morte de Cássio – ação que Cássio passa ao seu aliado Rodrigo.
O 4.º Ato passa-se nos aposentos de Desdémona. Ela sente uma angústia terrível. Reza fervorosamente, despede-se de Emília e deita-se. Otello entra silenciosamente e acusa-a de o trair com Cássio. Apesar de Desdémona afirmar a sua inocência, Otello mata-a. Aparece então Emília com a notícia de que Rodrigo fora morto por Cássio. Ao ver Desdémona assassinada, Emília revela a Otello a perfídia de Iago. Otello fica desesperado e põe termo à vida. - ANDRÉ CUNHA LEAL


CONCERTO LEGENDADO EM PORTUGUÊS
TRADUÇÃO GENTILMENTE CEDIDA PELA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN


Cátia Moreso é assistida pelo styling de Vanessa Vaz e vestida por Micaela Oliveira.
Penteado e maquilhagem por Butterfly Planet.

Produção | CCB


Fonte: https://www.ccb.pt/Default/pt/DiasDaMusica/Sabado/Evento?a=1641
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