Se durante o ano de 2018, ouvimos poetas e editores de poesia concluindo que a poesia não está refém de tendências, modas, movimentos efémeros e passageiros, em 2019 alargando a panorâmica para que seja possível ver mais e melhor, ouvimos também os académicos, os críticos, os tradutores, os promotores do debate que mantém acesa a chama. Diga 33 contraria a indiferença generalizada, algum desprezo, o desinteresse massivo e ridicularização, mas também o culto de nichos capazes de brindarem a poesia com festivais, soirées, edições a granel, numa proliferação de projectos editoriais, sítios online, festas, feiras, sessões, ciclos, intensas querelas e nervos à flor da pele, que colocam a poesia ao nível da doçaria conventual. Que público o da poesia senão aquele que comparece na soirée, mantendo viável a publicação adquirindo livros à margem do mercado oficial, que público senão esse raríssimo leitor anónimo que se mostra capaz, paradoxalmente, de seduzir críticos e congéneres numa avidez de artigos dedicados ao tema: para que serve a poesia? A terceira sessão de Diga 33 de 2019, contará com a presença de José Ricardo Nunes, mestre em Literatura e Cultura Portuguesas — Época Contemporânea, estreando-se na poesia com “Rua 31 de Janeiro — Algumas Vozes” em 1998 e Maria João Lopes Aleixo Fernandes, com Doutoramento em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa com a tese “O encontro entre a poesia e as artes visuais: poesia experimental portuguesa, 1964-1974”. Entrada livre sujeita a lotação da sala Informações: 262 823 302 | 966 186 871 | comunicacao@teatro-da-rainha.com | www.teatro-da-rainha.com