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|Bruno Borges|
Investiguemos, então, se é forçoso que tudo o que tenha algum contrário de nada mais possa originar-se a não ser desse mesmo contrário. Por exemplo: para ficar grande alguma coisa, é preciso que antes fosse pequena, sem o que não poderia aumentar.
Certo.
E para diminuir, não é preciso ser maior, para depois vir a ficar pequena?
Exactamente.
Assim, do mais forte nasce o mais fraco e do lento o rápido.
Sem dúvida.
E então? Se alguma coisa piora, é porque antes era melhor, como terá sido antes injusta para poder tornar-se justa?
Como não?
E agora? Não é próprio dessa oposição universal haver dois processos de nascimento: o que vai de um contrário para o outro, e o de sentido inverso: deste último para aquele? Entre a coisa maior e a menor há crescimento e diminuição, razão por que dizemos que uma delas cresce e a outra diminui.
Está certo.
Vale o mesmo para a combinação e decomposição, o arrefecimento e o aquecimento, e para as demais oposições do mesmo tipo. E embora nem sempre tenhamos para todas a designação apropriada, é forçoso nesses casos ser idêntico o processo, para que cada coisa cresça à custa de outra, sendo recíproca a geração entre estas.
Sem dúvida.
E então? Viver não comporta um contrário, tal como se dá com a vigília e o sono?
Platão, Fédon.
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