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PORCELANA CHINESA DE EXPORTAÇÃO

4 Maio a 1 Junho
Com Maria Antónia Pinto de Matos
Sábados | 4, 11, 18, 25 de Maio, e 1 Junho |
Horário | 10.00 às 13.00
Preço € 70,00 | Participantes mín. 20

Por ocasião do seu 11º aniversário o Museu do Oriente irá exibir de forma permanente a “Antiga Coleção Cunha Alves”, composta por cerca de 140 peças de porcelana chinesa de exportação, datadas dos séculos XVII a XIX e decoradas com cenas europeias, adquirida pela Fundação Oriente em 2018.
A exibição desta coleção de referência será o mote para a realização de um Curso sobre Porcelana Chinesa, onde ao longo de 5 sessões a especialista Maria Antónia Pinto de Matos analisará a evolução da história da porcelana chinesa no decorrer das dinastias Ming e Qing.
A dinastia Ming (1368-1644) representa um marco fundamental na história da porcelana tanto na China como no mundo. Nesta época há uma busca por novas formas, pela predominância da decoração pintada (azul-cobalto e vermelho-cobre sob o vidrado; esmaltes sobre o vidrado associado ao azul sob o vidrado; e esmaltes sobre biscuit, etc..), pelo gosto da cor, pelo emprego da porcelana em detrimento do grés e da terracota e o uso das marcas a partir do reinado de Xuande (1426-1435). Foi também na dinastia Ming que os portugueses procederam à encomenda de uma série de porcelanas personalizadas, as mais antigas a ostentarem forma e/ou decoração europeias, com as armas reais portuguesas, sempre invertidas, a esfera armilar, o monograma IHS, heráldica de nobres e ordens religiosas e inscrições em português e latim.
Sob a dinastia Qing (1644-1911), a porcelana atinge uma perfeição incomparável no âmbito da técnica. Todos os problemas são resolvidos desde os da matéria, aos do fogo. O gosto pela cor domina toda a dinastia. Novos tons até então desconhecidos são inventados.
A porcelana Qing pode dividir-se em três grandes categorias principais: monocromos, decorações sob o vidrado (azul-cobalto e vermelho-cobre sob o vidrado), decorações polícromas e biscuits (“família verde”, imari chinês, “família rosa”, “família preta”, “família amarela” e decorações polícromas diversas).
A produção sob os Qing foi extremamente abundante tendo sido massivamente exportada para a Europa pelas diferentes Companhias das Índias europeias e posteriormente para os Estados Unidos da América. Foram enviados para a China todo o tipo de objectos de faiança, vidro, prata e madeira para serem reproduzidos pelo artesão chinês, desde serviços de mesa à pequena caixa para pomada. No início as formas eram europeias, enquanto a decoração se mantinha chinesa. Depois começaram a ser enviados desenhos e gravuras que o ceramista chinês se esforçava por reproduzir fielmente. A porcelana estava presente em todas as horas do dia, desde o levantar ao deitar.

Maria Antónia Pinto de Matos é Diretora do Museu Nacional do Azulejo e do Museu da Presidência da República.
Foi coordenadora e comissária científica de inúmeras exposições, tendo leciononado várias disciplinas na área científica da porcelana chinesa, conservação preventiva e montagem de exposições.
É autora de diversas publicações sobre porcelana chinesa, tais como Cerâmica da China. Coleção RA; Porcelana chinesa, Museu Calouste Gulbenkian e A casa das Porcelanas, Cerâmica chinesa da Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves. Contribuiu com textos e fichas para inúmeros catálogos e revistas de arte oriental a nível nacional e internacional.


Fonte: http://www.museudooriente.pt/3496/porcelana-chinesa-de-exportacao.htm
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