Para a primeira de um conjunto de festas naive que vão acontecer no Lux em 2019, a editora convida desta vez artistas cuja música lançou no ano passado: Almaty international e Luar Domatrix. A eles junta-se Violet, que fundou o selo - e é regular do Lux há mais de uma década, tanto na cabine como na pista de dança. A fazer e misturar música desde 2006, Violet tem vindo a ladear a sua prática artística com projectos de face comunitária como a Rádio Quântica e a mina, que co-fundou, e a Naive, que embora só exista desde 2017 tem tido uma actividade fervilhante em várias frentes - lançamentos, mixtapes e showcases. Almaty international Almaty é uma produtora e DJ sueca, conhecida pelos seus sets aventureiros e emotivos na região de Øresund e as suas principais cidades, Copenhaga e Malmö. Influenciada por experimentadores rave como Andrea Parker e Future Sound of London, Alma (o seu nome próprio) tem uma queda por música colorida e intrigante, não só enquanto selector mas também enquanto criadora de som. 'Gennaro' - o seu primeiro lançamento, que saiu no ano passado na naive - foi remisturado por Octo Octa, Photonz e Endian e foi elogiado em uníssono - Trevor Jackson chamou-o brilhante, tanto Carista como Elena Colombi o tocaram nos seus sets de Boiler Room no Dekmantel, e a instituição londrina Phonica considerou-o um dos discos do ano. O seu próximo EP, sair também pela naive, é igualmente inspirado e refrescante e já chamou a atenção de alguns pesos pesados do DJing mesmo antes de chegar às lojas. Luar Domatrix De Lisboa mas com um pé em Glasgow nos últimos anos, Luar Domatrix produziu 'Pheww', o segundo lançamento da naivety - a editora-irmã da naive, baseada apenas no bandcamp. Parte dos Yong Yong, a dupla que editou alguma da música experimental mais notável que ouvimos nos últimos anos, quando ambos viviam na Escócia. A solo, enquanto Luar Domatrix, cria e toca música inovadora que pode dançar-se, informado pelos sons pioneiros de Detroit ou Nova Iorque mas actualizado pelo seu sentido certeiro de futurismo e diversão. O reconhecido website Tiny Mixtapes escreveu as seguintes palavras sobre o seu EP: "um afastar consciente da convenção genérica, e mesmo do próprio club, nunca perdendo de vista a forma e função da música de dança. Ainda mais, apesar da variedade de estilos e abordagens, há uma ressonante franqueza aqui em jogo. Pheww brilha forte, uma iluminação que cura o desligar colectivo a um nível sináptico e físico". Quanto aos seus sets, são relaxados mas energéticos, imaginativos e vivos, e neles a percussão e a textura têm papéis de relevo. Textos: Inês Coutinho --- ENGLISH --- Almaty is a producer and DJ from Sweden, known for her adventurous and emotive sets throughout the Øresund region and its main hubs of Copenhagen and Malmö. Influenced by rave experimenters Andrea Parker and Future Sound Of London, Alma has a penchant colourful yet intriguing music, not only as a selector but also as a sound creator. 'Gennaro' - her first release, out last year on naive - was remixed by Octo Octa, Photonz and Endian and was praised across the board - Trevor Jackson called it brilliant, both Carista and Elena Colombi played it on their Dekmantel Boiler Room sets, and London institution Phonica considered it one of the records of the year. Her next EP on naive is just as inspired and fresh and has already caught the attention of some heavyweight DJs even before it hit record shops. From Lisbon but with one foot in Glasgow in the past years, Luar Domatrix has produced 'Pheww', the second release on naivety - naive's bandcamp-only sister label. He is part of Yong Yong, a duo that released some outstanding experimental music in the past years, when they were both in Scotland. Flying solo Luar Domatrix crafts and plays innovative music that you can move to, informed by the pioneering sounds of Detroit and New York but updated by his sharp sense of futurism and playfulness. Tiny Mixtape wrote these words his latest EP: "a knowing step down from generic convention, and even the club itself, without ever losing sight of dance music’s form and function. Moreover, in spite of a variance of styles and approaches, there’s a resonant directness and sincerity at play here. Pheww burns bright, an illumination that heals the collective disconnect at both a synaptic and physical level". As for his sets, they are chilled but energetic, imaginative and fun, where percussion and texture play key parts. Lisbon's finest.
