Tibage. "Tai - ba- je". Termo emergente na gíria do underground da cidade.
Nasce no deserto do Namibe, em Luanda. Um livro perdido no Flamingo Lodge descreve o termo mwangolé Tibar: "drink and get drunk".
Ivanshu faz a sua reinterpretação do conceito e cria o movimento Tibage. Tibage é uma religião dos tempos modernos. E ao contrário de uma religião, pauta-se pela ausência de regras e limites para a actuação humana. Tibage é acordar de manhã num contentor do lixo no meio de uma comunidade yemenita, é passar noites com diplomatas africanos em bares de cariz duvidoso a falar sobre tibage, é usar creme de mãos hidratante de companhias aéreas para pagar "táxis", é tirar a roupa em público em momentos inesperados (algo que Ivanshu insistia em fazer nos primórdios do tibage). Isto tudo sem (tipicamente) ofender ninguém. É difícil de descrever para quem não pratica tibage, mas normalmente excede as expectativas do cidadão comum.
Foi também no Namibe que Ivanshu conheceu o Nuno. Desenvolveram uma relação de intimidade, quase de filho e pai.
Depois do Namibe e entusiasmados com o desenvolvimento do movimento tibage, decidiram-se perder na noite de Adis Adeba, Nairobi, Point Noire, entre outras cidades do cosmos Africano. Em quase todas estas noites de tibage, um deles teve para ser sequestrado, morrer ou ficar a viver lá. Em Luanda quase punham músicas juntos num bar mas o tibage da noite anterior fez com que nunca aparecessem.
Este sábado, voltam a actuar juntos para mostrar aquilo que para eles é tibage. Até porque a Musa é, segundo eles, uma casa de tibage. E porque o Nuno consegue influenciar a programação da Musa.
Venham tibar com eles
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