"O branco são muitos brancos, muitas texturas, algumas sombras; sob e sobre o branco muitas formas se inscrevem. A soma de todas as cores é por definição o que se diz do branco, no entanto, já se tornou banal. Não é uma “cor” que espante, que surpreenda no nosso território urbano. É antes uma cor que emudece ou ilumina conforme sobre ele incida ou se esconda a luz. Formas comuns são para nós aquelas que vemos sistematicamente e às quais já não consagramos um átimo do nosso tempo por nos parecer ser um desperdício a observação do que se tornou matriz no quotidiano. Há entre o branco e as sombras nele projetadas, as marcas inscritas pelo tempo, uma fusão que toma, em certos casos, uma dupla natureza especular – ali vemos desenhar-se e iluminar-se uma silhueta de mulher, acolá um rosto, aqui um animal, ou acidentes que nos transportam para reflexões mais abstratas ou mais poéticas. Juntar a “cor” branca, nas suas diversas nuances, à invisibilidade inconsciente dos sinais plásticos e mudos que cruzamos, foi, nesta série, o tema que resolvi explorar." Adding the white "color" in its multiple variations to tthe unconscious invisibility of plastic and dumb signals that we crossed, was in this series, the theme that I decided to explore. "
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