21:30 até às 22:45
Solos de Vera Mantero

Solos de Vera Mantero

Dança
15 de março / sexta / 21h30
Teatro-Cine de Torres Vedras
M/6

Para mim a dança não é um dado adquirido. Acredito que quanto menos o adquirir mais próxima estarei dela. Uso a dança e o trabalho performativo para perceber aquilo que necessito de perceber. Deixei de ver sentido num performer especializado numa disciplina (um bailarino ou um ator ou um cantor ou um músico) e passei a ver sentido num performer especializado no todo. A vida é um fenómeno terrivelmente complicado e rico e vejo o trabalho que faço como uma luta contínua contra o empobrecimento do espírito, o meu e o dos outros, luta que considero essencial agora e sempre.”

                                                                             Vera Mantero

 

 
Numa noite dedicada à obra de Vera Mantero, a coreógrafa apresenta três dos seus emblemáticos solos.

 Programa:

 "uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings*"

Caracterização: Alda Salavisa (desenho original de Carlota Lagido)
Adereços: Teresa Montalvão
Desenho de Luz: João Paulo Xavier
Operação de luz: Bruno Gaspar
Duração: 20 minutos

 
(Intervalo)

 
"Olympia"

Desenho original de Luz: João Paulo Xavier
Adaptação e operação de luz: Bruno Gaspar
Texto: Jean Dubuffet
Duração: 17 minutos

 
(Intervalo)

 
"O que podemos dizer do Pierre"

Banda Sonora: Gilles Deleuze
Montagem da banda sonora: Vera Mantero, com Vítor Rua e António Duarte
Desenho de Luz: Bruno Gaspar
Duração: 20 minutos

 

Vera Mantero estudou dança clássica com Anna Mascolo e integrou o Ballet Gulbenkian entre 1984 e 1989. Tornou-se um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa, tendo iniciado a sua carreira coreográfica em 1987 e mostrado o seu trabalho por toda a Europa, Argentina, Uruguai, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, EUA e Singapura.

Dos seus trabalhos destacam-se os solos “Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois” (1991), “Olímpia” (1993), “uma misteriosa Coisa, disse o e.e.cummings*” (1996), “O que podemos dizer do Pierre”

(2011) e “Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional” (2012) e “Pão Rico” (2017), assim como as peças de grupo “Sob” (1993), “Para Enfastiadas e Profundas Tristezas” (1994), “Poesia e Selvajaria” (1998), “kɘ supˈɔɾtɐ i sɘpˈaɾɐ i kõtˈɐj uʃ dˈojʃ mˈuduʃ i õdˈulɐ” (2002), “Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza” (2006) e “Vamos sentir falta de tudo o que não precisamos” (2009).

O seu trabalho artístico tem sido amplamente reconhecido, com prémios institucionais como o Prémio Almada do Ministério da Cultura (2002) ou o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete (2009).

Colabora regularmente em projetos internacionais de improvisação, ao lado de improvisadores e coreógrafos como Lisa Nelson, Mark Tompkins, Meg Stuart e Steve Paxton. Desde 2000 dedica-se também ao trabalho de voz, cantando repertório de vários autores e co-criando projetos de música experimental. Leciona regularmente composição e improvisação, em Portugal e no estrangeiro.

 

Crédito Fotográfico: Jorge Gonçalves
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