22:00 até às 23:45
Monotone-Silence Yves Klein

Monotone-Silence Yves Klein

Monotone-Silence é a sinfonia criada por Yves Klein num período compreendido entre 1947-1948 e que segundo o próprio Klein, expressava o desejo que tinha sobre o que viesse a ser sua vida. Esta obra tornou-se num arquétipo do que viria a ser o pensamento e prática artística realizado por Klein nos anos seguintes. A sinfonia foi reescrita (como pauta) em conjunto com o compositor Louis Saguer, que tinha sido apresentado a Yves Klein em 1959 por Éliane Radigue, amiga de ambos, por forma a que Klein a comandasse enquanto Maestro, na sua única apresentação em vida, em 1960, durante a performance "Anthropometry of the blue period" em Paris.
 
O Monotone-Silence é composto por dois momentos de 20 minutos, em que num primeiro momento se conjuga um único e contínuo som (Ré Maior) gerado por diferentes instrumentos (cordas, sopros e voz) que subitamente dá lugar a um segundo momento, de igual duração, de silêncio total. 

Segundo o próprio Klein, a escolha, disposição e volume das secções de instrumentos dependem da acústica do local da apresentação da sinfonia. O importante será produzir um “efeito marcante”,  através de um som único, contínuo e prolongado, e sem começo nem fim, criando “uma sensação de vertigem e de aspiração fora do tempo”. Para Klein “mesmo na sua presença, esta sinfonia não existe” porque “existe fora da fenomenologia do tempo pois nunca nasceu nem morrerá”. *
* [Yves Klein, Overcoming the problematics of art]

É provável que no dia 9 de Fevereiro na SMUP estejamos perante uma das primeiras apresentações desta obra em Portugal (*), — mesmo sabendo que a História não é capaz de contar a sua totalidade, nem é essa a sua função — oportunidade esta que surge através do desejo de António Caramelo em concretizar a sua reinterpretação num contexto vigorado pelo Presente, e através da imprescindível e generosa colaboração dos músicos Bernardo Álvares, Bruno Silva, João Paulo Daniel, Marco Franco, Maria do Mar, Maria Radich, Pedro Sousa,  Ricardo Jacinto, Vasco Alves, Violeta Azevedo e Yaw Tambe como intérpretes.

(*) posteriormente chegou-me a informação que o Monotone-Silence apresentada no Rivoli em 2015, num ciclo de performace organizado pela Vera Mota, e dirigida pelo maestro Roland Dahinden, a pessoa autorizada pela fundaçâo que gere a obra do Yves Klein para a dirigir... 

Ricardo Jacinto: Violoncelo
Maria do Mar: Violino
Marco Franco: Teclado 
Bernardo Álvares: Contrabaixo
Bruno Silva: Guitarra 
Pedro Sousa: Saxofone
Vasco Alves: Gaita-de-foles
Maria Radich: Voz
Violeta Azevedo: Flauta transversal
João Paulo Daniel: Teclado/synth
Yaw Tembe: Trompete
António Caramelo: falso Mellotron
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