A tapeçaria criada por Gustau Puente apresenta um aspeto pictórico, utilizando ferramentas próprias do têxtil. Seguindo o caminho de um dos expoentes máximos da Escola Catalã de Tapeçaria, Josep Grau Garriga, que foi seu mestre, Puente utiliza os fios tendo em consideração não só a composição cromática, clássica na tapeçaria de conceção bidimensional, como também a exploração do material com o qual trabalha. Desta forma, o artista explora o volume e a forma escondida na resistência dos materiais, criando obras de grande densidade matérica onde participam diferentes tipos de tecidos e materiais pictóricos e onde a sinfonia de cores utilizadas, assim como as suas sombras e disposição, encarregam-se de proporcionar a leveza que culmina no equilíbrio visual da obra. A sua tapeçaria transforma-se em esculturas que tendem para a monumentalidade.
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