19:00 até às 21:15
Dos olhos à sua ausência | António Ramos Rosa

Dos olhos à sua ausência | António Ramos Rosa

Inauguração dia 24 Jan às 19h
De 23 Jan a 21 Fev

Visitas por marcação, contactar:
projecto.ascensor@gmail.com / 21 595 0093
ou por mensagem privada


"António Ramos Rosa (1924 – 2013) desenhava nos rápidos intervalos da escrita. Por outro lado, existiam para ele os intervalos longos da escrita poética nos quais se ocupava, não apenas com a leitura de outros poetas, mas também com os ensaios que sobre eles compôs ou com as traduções que deles levou a cabo, e que são um outro modo – porventura mais estranho e mais próximo – de fazer ensaios acerca de poesia alheia. Assim, o ponto de partida destas reflexões aceita – como mera hipótese de trabalho – uma unidade de práticas: a prática desenhística e a prática poética, mas também a prática ensaística ou crítica. Se começo por falar em práticas, é porque, desde o tempo em que o lia intensamente, sempre vi Ramos Rosa como um laborador poético, um experimentante da palavra, um fazedor incisivo e completamente dedicado de imagens, de metáforas e de metonímias, todo o contrário de um contemplativo mais ou menos inerte. Talvez eu esteja enganado, mas mesmo no ensaio ele sempre me surgiu como um não-teórico, no sentido de ser nesses textos verdadeiramente um agente de uma «prática teórica» (para usar uma expressão cara a Althusser). Ou seja, a experimentação não o abandonava de modo algum nesses textos magníficos em que discorria sobre poéticas, processos criativos, formas de arte e, incontornavelmente, acerca da liberdade."

-José Miranda Justo

***

Opening on the 24th of Jan at 7 p.m.
From the 23th of Jan until the 21th of Feb

Visits by appointment, contact:
projecto.ascensor@gmail.com / +351 21 595 0093
or by instant message

"António Ramos Rosa (1924 – 2013) drew in the quick breaks of writing. On the other hand, to him, there was the long breaks of poetic writing in which he occupied himself with, not only the reading of other poets, but also with the essays that he composed about them or the translations  he carried out of them, which is  another way – perhaps stranger and closer – of doing essays about others poetry. Thus, the starting point of these reflections accepts – as a mere work hypothesis – a unity of practices: the drawing practice and the poetic practice, but also the essayist or critical practice. If I begin by talking about practices, it is because, since the time I read him intensely, I’ve always saw Ramos Rosa as a poetic labourer, a word experimenter, a incise maker totally dedicated to images, of metaphors and metonyms, all the contrary of a more or less inert contemplative. Maybe I’m wrong, but even in his essays he has always emerged to me as a non-theorist, in the sense of him being a true agent of a “theoretical practice” (to use an expression close to Althusser). That is, experimentation did not left him in anyway in these magnificent texts in which he discoursed about poetics, creative processes, forms of art and, inexorably, of freedom."

-José Miranda Justo

Associação Goela
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