21:30
Mário Franco Trio @ Fora do Lugar, Proença-a-Velha

Mário Franco Trio @ Fora do Lugar, Proença-a-Velha

7 Dezembro 21h30 
Proença-a-Velha 
Lagares

Mário Franco Trio
Aqui é Portugal e acolá o Mundo

Mário Franco, Sérgio Pelágio e André Sousa Machado conheceram-se enquanto alunos da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal no início dos anos 80. Desde logo, mostraram uma enorme empatia musical que os levou a criar o Art Jazz Trio, grupo marcante e influente na história do Jazz português. Continuaram a encontrar-se regularmente em diferentes formações lideradas por outros músicos tais como Mário Laginha, Bernardo Sasseti, Carlos Martins ou Andy Sheppard e nunca perderam contacto artístico. Em 2009, voltaram a reunir-se como Trio para uma actuação no Hot Clube de Portugal e não mais voltaram a separar-se. Desenvolvem desde então um repertório muito particular e extenso que inclui arranjos de standards e composições originais para construir um som de grupo e uma capacidade de interplay que os distingue no actual panorama do Jazz nacional e internacional. As influências do grupo são muito diversas e abrangentes e espelham as carreiras individuais dos três músicos: Mário Franco, contrabaixista mas igualmente bailarino e compositor regular para peças de dança e cinema; André Sousa Machado, baterista mas colaborador regular com músicos de outras áreas tais como Fausto ou Rão Kyao; Sérgio Pelágio guitarrista e fundador da companhia de teatro/dança Real Pelágio compondo frequentemente para dança.

Notas:
Entrada livre, sujeita à lotação da sala.
Por motivos de segurança, a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. 
As portas abrem 30’ antes do início do concerto.

Mário Franco, contrabaixo e composição
Sérgio Pelágio, guitarra eléctrica
André Sousa Machado, bateria

Programa:
Número 1, Mário Franco
Paramour, John Abercrombie
A Porta, Mário Franco
Enquanto o Meu cabelo Crescia, Sérgio Pelágio
How My Heart Sings, Earl Zindars
Quintas por Terceiras, Mário Franco
Giant Steps, John Coltrane
Os Velhos, Sérgio Pelágio
Adufe Rufado, André Sousa Machado (em estreia)
Nungu, Sérgio Pelágio
José Embala o Menino, trad/c arr. Mário Franco
Senhora do Almortão, trad/c arr. Mário Franco

A Música que quebra fronteiras
Ao falar de música em geral, e sem estar preocupado em ter de atribuir imediatamente um rótulo, independentemente do género ou estilo musical, por vezes somos levados de surpresa pela música. Começamos talvez a pensar em alguém que sabemos gostar dessa mesma música, ou ligamos essa música a um determinado lugar de que gostamos muito, ou não… ou no fundo, essa música para nós retrata muito bem um determinado sentimento ou um momento importante das nossas vidas, ligando assim a Vida com a Música. 
O Jazz traz uma maneira diferente de abordar a música, que vive independente da origem geográfica do músico que a toca. Quase todos os músicos do jazz têm na sua génese o mesmo vocabulário ao improvisar. Falam a mesma língua. Esta música é tocada inspirando-se noutras músicas como se de um alimento vital se tratasse. É pois dificil definir exactamente as fronteiras do Jazz.
Como para muitos de vós aqui presentes, raianos por natureza e vocação, não faz muito sentido se aqui é Portugal e acolá é Espanha ou o Mundo. Alguém a definiu, não importa agora quem, mas no lugar onde essa fronteira se situa ela deixa de fazer sentido, porque é mais forte o sentimento de união do que própriamente o de divisão. Neste caso a fronteira fica mesmo fora do lugar… 
Dito isto, e colocando as fronteiras fora de jogo, penso que uma canção de embalar não deixa de ser uma canção de embalar aqui, em Portugal ou no Japão…. têm a mesma finalidade: adormecer o bébé para bem dele e para descanso dos Pais ☺… Assim como é dificil ficar indiferente a canções que nos falam de amor ou pelo contrário, nos falam de batalhas, muitas delas histórias de fronteiras…. 
Muitas fronteiras são quebradas pela música quando os homens partilham um propósito, um objectivo, um mesmo espírito primordial de comunhão. 
Talvez os homens aprendessem a ser melhores homens se se deixassem levar mais vezes pela Arte, nesta caso pela Música. 
Mário Franco, Lisboa, 12 Outubro 2013

Mário Franco. Natural de Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais aos 4 anos no Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa. Posteriormente, na Academia de Amadores de Música, estudou Contrabaixo com Fernando Flores e Composição com Pedro Rocha. Frequentou cursos de Contrabaixo com Ludwig Streicher e foi 1º prémio em 1988 no Concurso Jovens Músicos. Posteriormente fez parte da Orquestra Sinfónica Juvenil sob a orientação de Christopher Bochmann. Trabalhou também com os maestros Silva Pereira, Miguel Graça Moura, Roberto Perez e Michel Swierczewski. Desde muito cedo interessa-se também pelo Jazz. Foi aluno da escola do Hot Clube de Portugal Participou em diversos workshops com músicos dos quais se destacam Rufus Reid, Niels Henning Orsted Peterson e Eberhard Weber ou David Liebman. Em 1990 apresenta o seu primeiro projecto baseado em originais, no Concurso “A Juventude e a Música” onde obtém o 1º prémio de grupo e 2º prémio de composição. A sua formação diversificada permitiu-lhe trabalhar desde da década de 90 até hoje em diversas áreas da música inserido nos mais variados contextos musicais dos quais se destacam nomes como: Pedro Caldeira Cabral, António Chaínho, Ricardo Rocha, José Peixoto, Grupo de Música Antiga e Contemporânea Sete Lágrimas, Miguel Azguime, Carminho, Sérgio Godinho, Vitorino, Uxia, Lura, José Manuel Barreto, Sofia Vitória, Maria Ana Bobone, Filipa Pais, Bernardo Sassetti, Mário Laginha, João Paulo Esteves da Silva, António Pinho Vargas, Sérgio Pelágio, Carlos Martins, Tomás Pimentel, Maria João, Tommy Halferty, John Wadham, André Fernandes, Andy Sheppard, Ralph Peterson Jr., Myra Melford, Jon Irabagon, Peter Epstein, David Binney, Paolo Fresu, Ralph Towner… Participou em diversas gravações discográficas com muitos dos artistas acima referidos. De destacar também a edição em 2006 pela editora Toneofapitch do seu primeiro trabalho como leader o CD “This life” em quinteto com Jesse Chandler (piano, hammond); André Fernandes (guitarra eléctrica); João Lencastre (bateria, percussões); João Gomes (sintetizador, rhodes, laptop); Mário Franco (contrabaixo e composição) contando ainda com a participação do saxofonista David Binney. Este disco foi considerado pela revista americana All About Jazz o 2º melhor CD(s) do ano de 2006, assim como também para os jornais de edição nacional Expresso e Público, na revista bimestral Jazz.pt e no site JazzLogical, numa votação da critica de Jazz nacional. Compõe também para Teatro e Dança e a partir de 2013 também para Cinema. Participou nos mais importantes festivais de Música nacionais e em tournées internacionais na Bélgica, Espanha, França, Itália, Noruega, Brasil, China, Rússia, Japão… Paralelamente à música Mário Franco é bailarino da Companhia Nacional de Bailado desde 1986.

Sérgio Pelágio. Nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos musicais em guitarra clássica com 12 anos de idade. Mais tarde, descobriu o Jazz e a música improvisada e tocou, entre outros, com David Liebman, Andy Sheppard, Graham Haynes, Frank Lacy, Norma Winston, John Abercrombie, Sylvia Cuenca, Mário Franco, Bernardo Sassetti e Mário Laginha, com quem gravou o CD Hoje (1994, Farol Música Lda). Em 1992, criou o grupo Idefix, e editou o CD Idefix live (1992, Miso Records). Em 2002 editou Bandas sonoras para peças de Francisco Camacho e Vera Mantero 1993-97 (2002, Miso Records). Trabalhou como compositor para os coreógrafos Paulo Ribeiro, Paula Massano, João Galante, Teresa Prima, Vera Mantero, Francisco Camacho e Sílvia Real. Em 1998, fundou com Sílvia Real as Produções Real Pelágio, dupla responsável pela criação da trilogia Casio Tone, Subtone e Tritone. O seu trabalho foi apresentado em Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Eslovénia, Reino Unido, Irlanda, Hungria e EUA. Criou em 2009 o projecto para a infância Histórias Magnéticas.

André Sousa Machado. Iniciou os seus estudos de bateria em 1980 na Escola de jazz do Hot Clube de Portugal. Em ’85 frequentou a Academia dos Amadores de Música onde concluiu o 5º ano de Formação Musical. Frequentou e participou em diversos workshops dirigidos e leccionados por músicos de renome internacional sendo de salientar os dos bateristas Kenny Washington e Alan Dawson (Projazz New York Jazz All Stars de 1991 e 1993, respectivamente), Paul Motian, Dom Famularo, Carl Palmer; do guitarrista John Abercrombie e do saxofonista David Liebman. Ao longo da sua carreira acompanhou diversos músicos conhecidos do panorama jazzístico internacional, tais como Tete Montoliú, Steve Slagle, Phil Markowitz, Conrad Herwig, Andy Shepard, Karl Berger, Benny Golson, Akiko Pavolka, Matt Pavolka, mas também nacionais de onde se podem destacar, António Pinho Vargas, João Paulo Esteves da Silva, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Carlos Barreto, Bernardo Moreira, Paula Oliveira, Marta Hugon, Pedro Moreira, André Fernandes, Jorge Reis. Sendo um músico versátil, acompanhou diferentes artistas da música portuguesa. Entre 1984 e 1992 integrou a banda do cantor/compositor Fausto, com quem trabalhou regularmente. Entre 2000 e 2003 fez parte da banda da cantora/compositora Mafalda Veiga. Actuou e acompanhou também artistas como Vitorino, Sérgio Godinho, e Brigada Vítor Jara. Tem tocado regularmente desde 2002 com Rão Kyao. Actualmente integra a banda da cantora Marta Hugon, do 5teto do guitarrista Nuno Costa, do guitarrista Bruno Santos e da banda de rock alternativo Spill. Desde 2007 que é baterista da banda do cantor Tony Carreira. A sua actividade tem-se dividido também como professor de bateria, tendo leccionado em diversas escolas de música. Desde 2008 que lecciona na Escola Superior de Música de Lisboa, sendo o coordenador do curso de Bateria/Jazz.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android