Sob a Chama da Candeia, exposição evocativa do quinto centenário do nascimento de Francisco de Holanda (Lisboa, 1518-1584), é uma viagem no tempo até ao século XVI e reúne obras preservadas na BNP que pertenceram ao iluminador português, com anotações suas. Um relicário atribuído ao seu pai, António de Holanda, vários óleos, uma píxide do século XVI e a réplica de uma pedra epigráfica, desenhada e possivelmente talhada pelo artista durante a Grande Peste de Lisboa, são outras das peças exibidas nesta mostra comissariada por Sylvie Deswarte-Rosa. Francisco de Holanda, autor de Do tirar polo natural, o primeiro tratado europeu sobre o retrato, é considerado um dos principais representantes do Renascimento português, emergente na idade dos Descobrimentos, juntamente com o poeta Luís de Camões, o navegador D. João de Castro, o matemático e cosmógrafo Pedro Nunes, o naturalista Garcia da Orta e o historiador D. João de Barros. Possuidor de uma sólida formação humanista adquirida na corte do rei de Portugal, D. João III, aventurou-se no mundo das ideias, algo raro entre os chamados «mecânicos» das artes visuais.
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