Nesta segunda exposição individual em Lisboa, Marcia Xavier apresenta uma série de fotogramas inéditos. Para este trabalho, a artista brasileira apoia os objetos sobre o papel fotográfico e dispara a luz sobre eles, de onde surge a sua sombra, única, sem duplo, sem cópia ou negativo. No que encara como sendo uma performance, Marcia deita-se sobre o papel fotográfico e dá-lhe quatro segundo de luz. Naqueles momentos, o seu corpo relaciona-se com o espaço do papel, com outros materiais – como o vidro, o acrílico ou o mármore – e com outros corpos, que a luz atravessa de forma diferente. Marcia dedica esta dança de sombras a Lourdes Castro, artista portuguesa que considera “luz de rastro”.
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