O DISTRAÍDO Orquestra Metropolitana de Lisboa Sábado, 12 de janeiro, 21h00, Teatro Thalia Em 1774, Maria Antonieta, Arquiduquesa da Áustria, tornou-se rainha consorte de França e Navarra, na sequência da subida ao trono de seu marido, Luís XVI. À ida para Versailles, levou consigo o seu professor de música, C. W. Gluck., mas deixou para trás um dos contextos musicais mais fascinantes de toda a História da Música. Fazem prova disso as três obras que se juntam neste programa, todas elas compostas nesse mesmo ano de 1774 por dois ilustres compositores austríacos: Haydn e Mozart. A Sinfonia N.º 60, do primeiro, é particularmente curiosa, pois consiste numa suíte composta pelos momentos musicais da representação cénica de uma farsa intitulada O Distraído. Esse propósito teatral é explícito na partitura, que ilustra situações cénicas e o caráter das personagens. Coloca, inclusivamente, a orquestra na condição de personagem, quando os músicos interrompem a dado instante a interpretação para afinarem entre si, como se tivessem esquecido de o fazer antes. Teremos ainda a oportunidade de escutar uma das mais extrovertidas sinfonias de Mozart – a N.º 28, poucas vezes tocada ao vivo – e o único dos seus concertos para fagote que chegou aos nossos dias. W. A. Mozart - Sinfonia N.º 28, KV 200 W. A. Mozart - Concerto para Fagote e Orquestra, KV 191/186e J. Haydn - Sinfonia N.º 60, Hob.I:60, O Distraído Lurdes Carneiro, fagote Evgeny Bushkov, maestro