SCHOSTAKOVICH E A MORTE DE ESTALINE
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Sábado, 6 de abril, 21h30
TEMPO – Teatro Municipal de Portimão
A Sinfonia N.º 10 foi a primeira obra orquestral de grande fôlego composta por Schostakovich depois de 1948, quando a sua música foi praticamente banida a mando das autoridades soviéticas. Só em 1953, imediatamente após a morte de Estaline, voltou a aventurar-se no formato Sinfonia. Esta circunstância temporal tem suscitado leituras muito controversas, que se estendem desde a homenagem póstuma até uma crítica mordaz em torno das atrocidades do regime. Muitos crêem que a partitura retrata uma liderança opressora, sendo o segundo andamento uma ilustração da figura do ditador. Certo é que uma projeção pessoal atravessou o processo criativo desta obra, demonstrada pelo uso insistente do célebre motivo de 4 notas que deriva no monograma do nome do músico – DSCH. Noutro universo, o pianista Artur Pizarro revisita o Concerto N.º 4 de Rachmaninov. Apesar de também ser russo, este compositor tinha 44 anos de idade à data da Revolução, optando então pelo exílio. Enganadoramente conotado com o sentimentalismo hollywoodesco, é curioso notar que a maior parte das suas obras foram compostas antes de abandonar a Rússia. Tal não acontece com este concerto, estreado nos E.U.A., já na década de 1920.
S. Rachmaninov - Concerto para Piano e Orquestra N.º 4, Op. 40
D. Schostakovich - Sinfonia N.º 10, Op. 93
Artur Pizarro, piano
Pedro Neves, maestro
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