Conversa sobre O Direito à Cidade, de Henri Lefebvre, nos 50 anos da publicação do livro, com Miguel Serras Pereira, Teresa Sá e Rui Lopo Sexta-feira, 30 de Novembro, às 18h30 | Entrada livre Obra seminal do filósofo francês Henri Lefebvre, a primeira edição de O Direito à Cidade viu a luz do dia em 1968, há 50 anos. O livro continua, ainda hoje, a ser um importante instrumento de debate sobre as transformações da cidade e, do seu estudo, têm derivado todo o tipo de propostas e programas. O ponto de partida de Lefebvre foi a necessidade de analisar profundamente os efeitos da industrialização na sociedade urbana. Produziu um entendimento sobre a crise da cidade como resultado da reconfiguração do sistema urbano em torno das exigências do processo de industrialização que, num primeiro momento, desencadeou a implosão da cidade tradicional. O desenvolvimento desse processo gerou, por sua vez, profundas alterações no tecido social urbano, complexificando as relações entre camadas e classes sociais. É pelo meio desta complexa teia de transformações e relações que progride a obra de Lefebvre, de que O Direito à Cidade é um marco decisivo, até mesmo na produção de uma nova linguagem necessariamente marcada por ambiguidades e hesitações. Para assinalar a efeméride, convidámos Miguel Serras Pereira, tradutor e ensaísta, Teresa Sá, socióloga, e Rui Lopo, tradutor da edição portuguesa do livro.