18:00 até às 20:00
O Que Fazem os Mortos - Conferência de Artur Aristakissian

O Que Fazem os Mortos - Conferência de Artur Aristakissian

A Zaratan e a Wrong Wrong têm o prazer de apresentar a conferência “O Que Fazem os Mortos”, do realizador Artur Aristakissian, presente em Lisboa para a edição deste ano do LEFFEST – Lisbon & Sintra Film Festival. 

O evento, apresentado em Russo com tradução inglesa, terá lugar na Zaratan, no próximo Domingo 25 de Novembro, às 18h, e além do realizador contará com a presença de Aleksei Artamonov, Denis Ruzaiev e Ines Branco López, os curadores do ciclo temático “O Desejo Chamado Utopia”.   

–
Zaratan and Wrong Wrong are pleased to present the lecture “What Dead People Do”, by the director Artur Aristakisyan, present in Lisbon for this year’s LEFFEST – Lisbon & Sintra Film Festival.

The event, which will be presented in Russian with English translation, will take place at Zaratan, next Sunday 25, at 6 pm. Besides the director, it will include Aleksey Artamonov, Denis Ruzaev and Ines Branco López, curators of the thematic programme “The Desire Called Utopia”.

–

O Que Fazem os Mortos
Conferência de Artur Aristakissian

«O que é bom no cinema é que ficamos presos nele. Esperamos uma coisa e acontece outra. É como a errância da alma ou dos pensamentos de uma pessoa após a morte descrita no “Bardo Thodol”, onde a alma é posta à prova pela reacção da sociedade e por estereótipos culturais. Tudo aquilo a que em vida se agarrou a pessoa revela-se uma armadilha traiçoeira. Os entes queridos são atormentados por demónios. A mãe e o pai já não parecem os que conhecemos. O conhecimento parece o contrário do que sabíamos dele.
O público é mais que uma função social e cultural que produz e consome emoções. Na arte, os espectadores são os protagonistas e o principal objecto de experimentação. Não enquanto personalidades, mas como receptores culturais e censores íntimos. Será que as pessoas podem aceitar o que está ausente na sua cultura mais próxima, ou deixam que os seus censores íntimos os conduzam noutra direcção? Grande parte da obra artística é a percepção dos espectadores, que não é visível. Como notou o apóstolo Filipe num evangelho apócrifo, “tornamo-nos o que contemplamos”. Aqui também pode acontecer o contrário».

Artur Aristakissian é um realizador, director de fotografia e argumentista singular, pelo seu documentário ficcionado “Um Lugar no Mundo” (2001) e pelo documentário “Palmas” (1993) que será projectado a 23 de Novembro (http://www.leffest.com/filmes/palms) como parte do LEFFEST’2018, na programação especial “O Desejo Chamado Utopia” (http://www.leffest.com/seccoes/ciclos-tematicos/o-desejo-chamado-utopia). Na Rússia ele é conhecido também pelo trabalho ensaístico e pelas suas aulas provocatórias na Escola de Cinema Novo de Moscovo. Tal como nos seus filmes, todas as aparições de Aristakissian visam o mesmo — vencer, com a ajuda das imagens, as convenções sociais que nos reprimem e escravizam a percepção. Ele conduzirá o público por uma nova gramática e nova visão partilhadas por alguns filmes e fotografias que captam o espaço liminar entre a vida e a morte — como Santa Luzia a oferecer os seus olhos numa bandeja dourada. 

–

What Dead People Do
Lecture by Artur Aristakisyan

«The good thing about cinema is that you are trapped in it. You expect one thing and get another. It is like the wanderings of the soul or the thoughts of a person after death described in the “Bardo Thodol”, where the soul is put to test by social reactions and cultural stereotypes. All that the person has clung to in life turns out to be a treacherous trap. Loved ones are plagued by demons. The mother and the father appear to be different people from those you’ve known. Knowledge appears to be the opposite of what we’ve thought of it.
The audience is more than just a social and cultural function that produces and consumes emotions. Spectators are the principal character in art and the principal object of experiment. Not as personalities, but as their cultural receptors and inner censors. Can people take in what is absent in their nearest culture, or do their inner censors make them turn in some other direction? Spectators’ perception is the major part of artwork, but it remains unseen. As the apostle Philip said in an apocryphal gospel, “you become what you see”. The reverse can also take place here».

Artur Aristakisyan is a unique director, cinematographer and writer known for his documentary fiction film “A Place in the World” (2001) and documentary “Palms” (1993) which will be screened on Nov. 23rd (http://www.leffest.com/filmes/palms) as a part of LEFFEST’2018 special program “The Desire Called Utopia” (http://www.leffest.com/seccoes/ciclos-tematicos/o-desejo-chamado-utopia). In Russia, he is also known as an essayist and provocative lecturer teaching at the Moscow School of New Cinema. As with his films all Aristakisyan’s performances aim for the same thing — to overcome with the help of images the social conventions that enslave and subdue our perception. He will lead the audience through the new grammar and new vision offered by some specific films and photographs that capture liminal space in between live and death — like St. Lucy offering her eyes on a golden plate.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
Download App iOS
Viral Agenda App
Download App Android