CONCERTO TEMAS BELOS E IMORTAIS: DO BARROCO À MODERNIDADE O Barroco Musical representa os afectos e sentimentos, num equilíbrio entre a razão e o sentimento. O Barroco faz apelo a todos os parâmetros musicais, como o ritmo, a tonalidade, a ornamentação melódica, como meio de ordenar e racionalizar a música. Aliás, Rameau considera que a música “… é uma ciência que deve dispor de regras muito definidas, o que, não se pode revelar sem a ajuda das matemáticas…”. A Música passa a ser exuberante, muito ornamentada, rica nos contrastes, muito virtuosística, explorando as possibilidades do instrumento musical. Utilizar o piano e o violino, numa relação próxima, tanto mais, que são instrumentos que foram aperfeiçoados no final do barroco, ou, já, no século XIX, a partir do que ganham dimensão e brilho – o bandolim (violino barroco) e o cravo eram os predominantes - é dar a conhecer as potencialidades daqueles instrumentos, nas obras mais conhecidas do barroco musical, relevando linhas melódico-rítmicas graves e agudas, provocando polirritmias estranhas, mas ao mesmo tempo, prenhes de intimismo e interioridade musical. Dar a conhecer ao grande público, compositores e obras, como concertos, adágios, suites, prelúdios. Proceder a uma aproximação, mais directa, entre obra musical e ouvinte, por um modo mais sedutor de se escutar obras barrocas, ou porque, o piano e o violino o permitem, ou então, porque se transforma o evento, numa circunstância feliz e atraente. Recria-se o barroco, fora do seu tempo, mas permanecendo no tempo, como uma feliz circunstância musical. Fernando Costa Curso Superior de Piano, pianista, acordeonista, especialização em Música e Teatro de Brecht, em Klostefeld (DDR), doutorado em História, participação em Festivais de Música e Teatro em Parma, Pescara, Pisek, Svitavy, Essen, Merksem, Hronov, Madim, Most, Bruxelas, Praga, Colchester, Avignon. Fundador e director artístico da Orquestra Juvenil de Gaia, instrumentista da Orquestra de Câmara de Gaia. Trabalhou com Colette Tardieu, Shirley Harbin, Michel Puigi. Autor e intérprete no projecto musical “Canções Esquecidas”. Fundador dos projectos “Tangere Tango” e “Toccare Ensemble”. Experiência em planeamento de obras sonoro-cénicas. Frequenta a classe de Direcção de Orquestra, na Escola Internacional do maestro Navarro Lara, em Huelva. Ana Clérigo Começou a estudar violino aos 12 anos de idade, na Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, com o professor Manuel Rosado e, posteriormente com a Professora Ariana Dantas. Em 2013, concluiu a licenciatura em violino barroco, no curso de música antiga da Escola superior de Música e Artes de Espectáculo do Porto, com Amandine Beyer, tendo como professores assistentes Sabela Garcia Fonte e Denys Stetsenko. Entre 2013 e 2015 frequentou o Mestrado em Violino Barroco em Bruxelas, Bélgica, no Koninklijk Conservatorium com François Fernandez, participando na orquestra do Conservatório Royal de Bruxelas, como 1º violino e, também, solista em alguns projetos de orquestra. Em Bruxelas teve a oportunidade de trabalhar sob a direção de Barthold Kuijken, Luis Otavio Santos e Makoto Akatsu, Peter Van Heyghen, Benoit Douchy e Jan de Winne. Já actuou com vários agrupamentos pela Europa, entre eles orquestra Concerto Ibérico (Portugal), L’Aspiration (Portugal), The Clockwork Orquestra (Bélgica) e, actualmente, integra Camerata Piú Bassa (Espanha) e Dorius Ensemble (Portugal), dos quais é membro co-fundador, Innamorati dell’Arte Ensemble Orquestral (Portugal). Participa, regularmente, como 1º violino convidado da Orquestra Barroca do Conservatório Superior de Música de Vigo (Espanha). Desde Setembro 2016, frequenta o Mestrado em ensino de música na ESMAE/ESE, no Porto. Actualmente, lecciona nas escolas EFANOR (fundação Belmiro de Azevedo), Imperial Oporto shcool, Escola de Música de Romariz, Associação Maiorff e Orquestra Juvenil de Gaia.
