21:30 até às 23:45
Sessão Especial | HAPPY HOUR, de Ryusuke Hamaguchi

Sessão Especial | HAPPY HOUR, de Ryusuke Hamaguchi

SESSÃO ESPECIAL | HAPPY HOUR: HORA FELIZ (3ª Parte)

29 de Outubro, às 21h30
Espaço Nimas

Dividido em três partes, este épico moderno de Ryusuke Hamaguchi deixa a sua marca indelével pela forma delicada e profunda como aborda questões relacionais, afectivas e existenciais, o desencantamento amoroso e as ressonâncias da amizade na narrativa do quotidiano feminino. Quatro mulheres, três casadas, uma divorciada – ou assim parece ser. Um caso de divórcio difícil, um desaparecimento, uma misteriosa intriga. Uma obra de cinema moderno, de estilo rigoroso, detalhado e meditativo, atravessando personagens, lugares e o próprio espaço da ilusão das relações humanas, lembrando o cromatismo afectivo do Destino de um Mizoguchi, a mística feminina de um Ozu, a simplicidade fluida de um Kore-eda ou a forma exaustiva no tratamento dos diálogos de um Rohmer, esta longa-metragem de cinco horas e um quarto, que é já um sucesso em França, é um coup de coeur onde Hamaguchi ganha cada fracção do nosso tempo que parece imergir pela vividez e frescura da narrativa.

ALINHAMENTO DA SESSÃO:

Projecção do filme (21h30) seguida de conversa com Carlos Natálio, João Concha, Ricardo Marques e Rui Zink. Moderação: Elisabete Marques. 

CONVIDADOS:

Carlos Natálio (Lisboa, 1980). Com formação nas áreas do Direito, Cinema e Ciências da Comunicação, tem exercido actividade sobretudo nas áreas da crítica de cinema, programação e investigação. Fundou em 2012 o site de cinema português, À pala de Walsh e mantém desde 2009 o seu blogue Ordet, onde escreve sobre cinema, cultura contemporânea e arte. É membro da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento e co-editor da Aniki: Revista Portuguesa de Imagem em Movimento. Interessado na relação entre cinema e pedagogia, área na qual prepara a sua tese de doutoramento, tem colaborado desde 2015 com a associação Filhos de Lumière. Escreveu em 2016, no âmbito do projecto CinEd-European Cinema Education for Youth, o caderno pedagógico dedicado a “O Sangue”, de Pedro Costa. Em 2017 co-editou o livro “O Cinema Não Morreu: Crítica e Cinefilia À pala de Walsh”. No prelo está também o caderno pedagógico dedicado ao filme “Aniki-Bóbó” de Manoel de Oliveira.

João Concha (Évora, 1980). Licenciou-se em Arquitectura (FAUL, 2004) e estudou Ilustração (CITEN-Fundação Calouste Gulbenkian, Ar.Co, CIEAM). A sua actividade abrange as áreas das artes visuais, escrita e edição. Expõe individual e colectivamente o seu trabalho plástico desde 2007. Como ilustrador recebeu a Medalha de Ouro no '3x3 Picture Book Show 2017', atribuída pela revista americana 3x3 ao livro O dom da palavra. Editou com Maria Quintans e Ana Lacerda a INÚTIL Revista, publicação de escrita e artes visuais. 
Em 2013 fundou a não (edições), projecto do qual é editor, com mais de quarenta obras publicadas entre colecções de poesia, tradução e livros ilustrados. Actualmente investiga sobre as relações entre programação cultural e desenvolvimento urbano no âmbito da sua tese de doutoramento (ISCTE / Dinâmia'CET-IUL).

Elisabete Marques é investigadora no Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), onde está a desenvolver um projecto que incide sobre as relações entre Literatura e Cinema. Colabora nas revistas Textos e Pretextos e Esc:ala. É co-editora do livro Estética e Política entre as Artes (edições 70).  Publicou dois livros de poesia : Cisco (Mariposa Azual, 2014) e Animais de Sangue Frio (Língua Morta, 2017).

Ricardo Marques (n.1983) é investigador pós-doutoral na FCSH-UNL. Poeta e tradutor de poesia, organizou as antologias poéticas de Tennessee Williams, Billy Collins, D.H. Lawrence e Vicente Huidobro, tendo traduzido também obras de Patti Smith, Derek Jarman, Anne Carson, entre outros. 
Prepara uma tradução alargada de poesia futurista, a sair em breve. Dedica-se ainda à colagem.

Rui Zink - Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (desde 1997), licenciou-se na mesma Universidade em Estudos Portugueses (1984) e obteve os graus de Mestre em Cultura e Literatura Popular (com tese sobre José Vilhena em 1989) e de Doutor em Literatura Portuguesa (com uma tese sobre Banda Desenhada em 1997, sendo a primeira a ser apresentada em Portugal sobre o tema). Foi igualmente Professor do Ensino Secundário (1983-1987), Leitor de Língua Portuguesa na Universidade de Michigan (1989-1990), Professor Convidado na Universidade de Massachusetts, Dartmouth (2009-2010)e escritor residente na Escola de Português do Middlebury College, Vermont.
Enquanto escritor, é autor de vários livros, de entre os quais, ensaios e ficção, se salientam talvez os romances Hotel Lusitano (1987), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (1999) e Os Surfistas (2001), e a novela O Anibaleitor (2006). Colaborou ainda em jornais e revistas, entre os quais o semanário O Independente (1991) e a revista K (1992). Enquanto tradutor, traduziu obras de Matt Groening, Saul Bellow e Richard Zenith. Recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português pelo romance Dádiva Divina (2005), e representou Portugal em eventos como a Bienal de São Paulo, a Feira do Livro de Tóquio ou o Edimburgh Book Festival. Em 2011, foi monitor de dois seminários de escrita no Cairo e, nesse mesmo ano, a convite da organização, o escritor português presente no Parlamento Europeu de Escritores em Istambul. Em 2012 publicou A Instalação do Medo (levada aos palcos em encenação de Jorge Listopad), livro segundo da tetralogia sobre crise e retórica do horror iniciada em 2008 com O Destino Turístico, continuada em 2014 com A Metamorfose e Outras Fermosas Morfoses e concluída em 2015 com a novela Osso. Em 2017, publicou O livro sagrado da Factologia. Etc



(Moderação)
Elisabete Marques
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