22:00 até às 23:45
Baphomet + SIrius

Baphomet + SIrius

4€ - 5€
Baphomet + Sirius

Baphomet: Guilherme Carmelo: guitarra barítono; 
Paulo Leal Duarte: guitarra; 
Luís Guerreiro: trompete, electrónica; 
Pedro Santo: bateria; 
ChicoGoBlues: objectos

Sirius: 
Yaw Tembe (trompete, electrónica); 
Monsieur Trinité (objectos) 

Duplo concerto no sótão mais falado dos meios nacionais (e até internacionais, tendo sido escolhido para a gravação de discos, por exemplo, de Harris Heisenstadt e dos Angles de Martin Kuchen) do jazz e da música improvisada. Apresentam-se na Parede dois projectos que, de comum, têm apenas a intervenção de Francisco Trindade, um veterano destas lides que passou pelos Plexus de Carlos “Zíngaro” e por várias formações de Sei Miguel e de Ernesto Rodrigues. Com os Baphomet, Trindade surge como ChicoGoBlues e com Sirius utiliza o seu habitual pseudónimo artístico, Monsieur Trinité, em ambos os casos tocando uns lacónicos “objectos”, apenas porque não quer ser visto como um percussionista, nos termos escolásticos ou etnográficos que tal designação acarreta. Num caso como no outro destes grupos, nenhuns rótulos são pacíficos.
Baphomet parece ser nome de uma banda de doom metal: a Inquisição chamava Bafomete ou Bafomé às divindades que acusava os Templários de idolatrar e o termo foi adoptado, algo ironicamente, pelo ocultismo e pelas novas tendências pagãs. Se o volume de som é semelhante, trata-se sim de um colectivo de improvisação que tem o rock (vertentes prog e psicadélica) e a electrónica experimental como matrizes. Trindade, Guilherme Carmelo e Pedro Santo estiveram na gravação do álbum “Da Rosa Nada Digamos por Agora…”, mas mudou o segundo guitarrista, de Jorge Nuno para Paulo Leal Duarte, e Luís Guerreiro substitui agora Mestre André, sendo ambos músicos dos Peixe Frito e o primeiro também dos Dead Vortex. Mantém-se a identidade musical, e esta é particularmente escura, suja e pesada.
Se Baphomet pratica uma música nocturna e inquietante, o duo Sirius é solar e especialmente onírico. Com Trindade está o trompetista suazi, naturalizado português, Yaw Tembe, o mesmo que temos encontrado ultimamente com Norberto Lobo. Mais do que solar, é até cósmica, vindo o nome do título de um livro de Robert K.G. Temple em que se sustenta a tese de que os habitantes de Dogon (Mali) têm ancestrais contactos com seres extraterrestres do sistema solar Sirius. Tal como se escuta em “Acoustic Main Suite Plus The Inner One”, CD muito aplaudido pela crítica internacional, há algo do universo pan-africanista de Sun Ra, mas com várias interferências de permeio, indo das cores luminosas de um Jon Hassell à mais exótica kosmische musik, com melodias e ambientes de uma beleza difícil de categorizar.

Quota extraordinária 5€ (sócios 4€)

Programação: Rui Eduardo Paes
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