21:30 até às 23:00
Veneno

Veneno

Texto de Cláudia Lucas Chéu com Direção e Interpretação de Albano Jerónimo.
Produção Teatronacional21 numa coprodução com Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Teatro Viriato, Centro de Arte de Ovar 
Conversa de artistas aberta ao público após o espetáculo.

O amor é mais frio que o capital. René Pollesch
Veneno foi escrito a partir de narrativas factuais verídicas, recolhidas num universo cosmopolita contemporâneo. 51% da população mundial encontra-se, neste momento, a viver em espaços urbanos – por razões económicas, melhoria das condições de vida, oferta de trabalho, entre outras. 
Veneno é, também, um texto centrado na ideia da decadência da família no contexto suburbano. Se a família é o paradigma ancestral daquilo que deve ser um governo, ambos manifestam, atualmente, a ideia de crise. Crise esta que, na génese etimológica, significa separar, dividir.  
A narrativa foca-se nas circunstâncias, e consequências trágicas, de um pai recentemente desempregado e falido que decide sequestrar os três filhos – depois de assassinar a mulher e o seu amante. O pai os filhos convivem, então, num espaço exíguo e em condições precárias. Todo o discurso do pai é construído em torno da incapacidade de aceitação do real, tornando o seu discurso num delírio verosímil sobre a sociedade, a família, a política, e também sobre o amor; a falência do mundo interior e exterior. 
O pai exerce poder e violência através da linguagem vernacular e os filhos (3 crianças) expressam-se por intermédio do canto lírico. Acontecem, assim, dois universos diferentes e incomunicáveis: o do subúrbio e o da aristocracia. Reúne características simultaneamente horríficas, cómicas e abjetas, mostrando o homem na sua expressão mais grotesca – entre o horror e o humor.
Veneno aborda fundamentalmente as consequências da falência social e a extinção da entidade família. 
O percurso do texto
Veneno foi escrito em 2015 e publicado num volume com peças de vários autores – Curtas da Nova Dramaturgia, Memória, Edições Guilhotina, 2016. Ainda em 2016, foi um dos textos selecionado, em representação do Comité Português, para o EURODRAM – Rede Europeia de Tradução Teatral. Encontra-se traduzido em inglês e francês.

FICHA ARTÍSTICA
Texto: Cláudia Lucas Chéu
Apoio à Dramaturgia: Mickael de Oliveira
Direção: Albano Jerónimo
Interpretação: Albano Jerónimo e Luís Puto
Participação Especial: Leonor Devlin 
Concepção Plástica: António MV
Desenho de Luz: Rui Monteiro
Direção de Produção: Francisco Leone
Produção Executiva: Luís Puto

M/12 . 90'
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