16:30 até às 18:30
Seminário: Art Collectives in Western Europe (1956-1969)

Seminário: Art Collectives in Western Europe (1956-1969)

Dia 13 de OUTUBRO, 16.30h, Atelier-Museu Júlio Pomar

"Individuals against Individualism: Art Collectives in Western Europe (1956-1969)"  SEMINÁRIO com Jacopo Galimberti (Manchester University)

Moderação: André Silveira, IHA 
Curadoria: Ana Bigotte Vieira, IHC/ CET

Jacopo Galimberti propõe um olhar para a História da Arte a partir  não da figura do artista genial mas da acção colectiva e da experiência urbana. 

Sendo a primeira publicação a examinar em detalhe o fenómeno das práticas colectivas de arte na Europa Ocidental de finais da década de 1950 a finais da década de 1960, o livro de Galimberti elabora uma perspectiva comparada, devedora de uma história cultural da arte atenta a ideias políticas e aos conflitos geopolíticos que então se faziam sentir. Em parte por actuarem em centros menores da arte como Valência, Pádua, Corbova, Berlim Ocidental e Munique. grupos de artistas e activistas como Equipo 57, Equipo Cronica, Equipo Realidad, N, GRAV, Spur, Geflecht ou Kommune I têm sido frequentemente negligenciados nos meios anglo-saxónicos e no entanto os seus debates, trabalhos e redes intelectuais oferecem uma nova luz quer à produção artística da Guerra Fria quer ao recente interesse pelas práticas colaborativas e participativas que se tem vindo a fazer sentir no mundo da arte desde 2000. Individuals against Individualism conta as histórias destes artistas e activistas, sublinhando as suas tentativas de dar corpo e representar formas de igualitarismo capazes de se opor tanto ao autoritarismo do Bloco de Leste como ao ethos do mundo livre Ocidental. Discutindo estratégias como o uso político da autoria colectiva, a resistência à cooptação institucional e o ataque à ideologia da liberdade sob o pano de fundo da Guerra Fria, este livro consegue ainda assim ressoar fortemente no presente.

Imagem:
Equipo Crónica, Concentración (la cantidad se transforma en calidad), 1966, acrílico sobre tela, 160 x 160 cm, colecção privada.

Organização:
Instituto de História Contemporânea, FCSH- UNL
Centro de Estudos de Teatro, UL

Apoio:
CML/DMC, 
Fundação Calouste Gulbenkian – Programa Língua e Cultura Contemporânea

BIOS
JACOPO GALIMBERTI é investigador de pós doutoramento na Universidade de Manchester com uma bolsa da British Academy. A sua investigação tem incidido sobre a arte do pós II Grande Guerra na Europa Ocidental. Encontra-se presentemente a escrever um livro sobre operaísmo, autonomia e artes visuais. Tem publicado em revistas como Art History, The Oxford Art Journal e Grey Room. É autor de Individuals against Individualism. Western European Art Collectives (1956-1969) pela Liverpool University Press.

ANDRÉ SILVEIRA é licenciado em História da Arte, pós-graduado em História da Arte Contemporânea pela FCSH-UNL e doutorando em Teoria da Arte na mesma instituição, foi bolseiro FCT e é membro do IHA. Autor do volume dedicado a Almada Negreiros na Colecção Pintores Portugueses, trabalhou com a revista L+Arte no âmbito da Secção Arquivo e com o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, com a Culturgest e com o Atelier-Museu Júlio Pomar na investigação sobre obras que integram as respectivas colecções. Integrou a equipa de investigação da exposição conjunta da Culturgest e do Museu do Neo-Realismo A Doce e Ácida Incisão, a Gravura em contexto (1956–2004)  e, mais recentemente, realizou a pesquisa em colecções municipais para o ciclo de exposições Palácio de Espanto, Casa de Espanto e Quarto de Espanto, co-organizadas pela Culturgest.

ANA BIGOTTE VIEIRA licenciou-se em História Moderna e Contemporânea (ISCTE). Especializou-se nas áreas da Cultura e Filosofia Contemporâneas (FCSH-UNL), e em Estudos de Teatro (UL). Entre 2009 e 2012 foi Visiting Scholar no Departamento de Performance Studies da New York University/Tisch School of the Arts (NYU). A sua tese de Doutoramento NO ALEPH, para um olhar sobre o Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989 recebeu uma Menção Honrosa em História Contemporânea pela Fundação Mário Soares. 
Rem-se debruçado, entre outros, sobre a relação entre experimentalismo nas artes e as transformações culturais e urbanas na segunda metade do séc. XX, sendo investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea e do centro de Estudos de Teatro. Presentemente para além de ser bolseira no projecto ERC TKB, desenvolve com o coreógrafo João dos Santos Martins um projecto de historicização colectiva da dança em Portugal intitulado Para uma timeline a haver.  Integra actualmente também o grupo coordenado pela Professora Maria João Brilhante que levará a acabo uma primeira indexação do espólio do teatro da Cornucópia. Traduziu vários autores, sobretudo de teatro e filosofia, como Luigi Pirandello, Spiro Scimone, Annibale Ruccello, Giorgio Agamben e Maurizio Lazzarato. A partir de 2019 integrará a equipa do Teatro do Bairro Alto, sob direcção artística de Francisco Frazão.
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