18:00 até às 19:00
Books&Movies 2018 - Tertúlia: 'O Desentrançar da Poesia'

Books&Movies 2018 - Tertúlia: "O Desentrançar da Poesia"

BOOKS & MOVIES 
Festival Literário e de Cinema de Alcobaça
5ª edição 
8 a 14 de outubro de 2018
PROGRAMA - http://www.cm-alcobaca.pt/pt/4086/programa.aspx


TERTÚLIA: “O DESENTRANÇAR DA POESIA”
A Corda – Associação Cultural
18h00
Local: Museu do Vinho – Taberna


A tertúlia “O Desentrançar da Poesia” pretende ser uma viagem pela poesia que cria uma relação íntima entre a Literatura, a Música e o Teatro. O tema da tertúlia varia consoante a pertinência de poetas e temas de relevância actual, procurando facilitar uma reflexão a partir da nossa herança cultural, na qual se desentrançam contextualizações históricas e políticas, biografias de poetas, cruzamentos de temáticas e inspirações. Durante a leitura dos poemas, a encenação teatral e a improvisação musical entrelaçam-se, criando suporte para as palavras eternizadas nos poemas.

Tempus fugit: os horizontes do tempo em Camilo Pessanha
Camilo Pessanha, o maior poeta Simbolista português, apelidado de “Mestre” por Fernando Pessoa, teve uma influência incalculável na geração de poetas modernistas que seguiram os seus passos, passos esses que o próprio Pessanha imaginou como sendo de uma efemeridade aguda: “Toda esta extensa pista - para quê? / Se há-de vir apagar-vos a maré, / Com as do novo rasto que começa…”. E, assim, na sua única obra publicada, Clepsydra, o poeta imagina o mundo em estado líquido, composto por imagens que passam pelos seus olhos “como a água / Por uma fonte para nunca mais”. Contudo, se a imagem da clepsidra, que serve de metáfora global para a sua obra, oferece uma forma temporária ao que contém, também a poesia capta momentos efémeros de um mundo (fenomenal e histórico) aparentemente evanescente e congela-os, tal como as “rosas bravas” que “Floriram por engano (…) / No inverno (…)”.

O jogo de sentidos que dá origem à poesia de Camilo Pessanha envolve não só a linguagem, mas também a visão (que regista um mundo, pessoal e colectivo, em ruínas) e o som (que descobre nos ecos e nas reverberações do espaço intimações de um mundo invisível, coeso e inteiro). Assim, a nossa tertúlia propõe uma viagem pelas palavras do poeta, transformadas em voz, pela música do violoncelo, celebrado no poema homónimo do poeta (“Chorai, arcadas / Do violoncelo, / Convulsiadas.”), e por uma leitura guiada da obra de Pessanha (que passa pela vida pessoal do poeta), da imagética que dá forma à sua obra e da transformação do legado histórico da exploração marítima portuguesa no drama pessoal contido nas marcas íntimas da sua poesia.

Ficha técnica
Coordenação Cénica: Rúben Saints 
Com: Jeffery Childs e Elsa Mauricio Childs
Músico: Vasco Ferrão
Ass. Encenação: Diogo Bach
Produção: A Corda - Joana Bastos
Cartaz: Rui Raposo
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