10:00 até às 19:00
Ocupação Jota Mombaça

Ocupação Jota Mombaça

27, 28, 29 e 30 setembro
GALERIA AV. DA ÍNDIA
MUNDO = FERIDA (Arquivo)
A GENTE COMBINAMOS DE NÃO MORRER (Performance)
QUE SIGNIFICA DESCOLONIZAR? (Palestra)
Curadoria/Programação: Sara Antónia Matos e Pedro Faro

27 a 30 setembro 2018 
Arquivo – MUNDO = FERIDA

Trata-se de um arquivo que transita entre a invenção e a memória, montado a partir de resíduos preservados ou refabricados, relacionados em primeira instância com os processos desdobrados do projeto de performances A FERIDA COLONIAL AINDA DÓI (2015-…), mas também atravessados por uma densa camada íntima em que migração, recusa e dor colonial se articulam.

Lista de obras:
A FERIDA COLONIAL AINDA DÓI, VOL. 6: Vocês nos devem (video-instalação)
O MUNDO É MEU TRAUMA (instalação sonora/sessão de leitura)
NÃOVÃO (arquivo visual/projeção)
MUNDO = FERIDA (arquivo material)
	

Sexta-feira, 28 setembro 2018 – 18h
Performance – A GENTE COMBINAMOS DE NÃO MORRER
Duração: 2h

Uma série de performances inspiradas na obra homónima de Conceição Evaristo (“A gente combinamos de não morrer”, Olhos D’água, 2014), uma escritora de ficção brasileira cujo trabalho discute, através de lentes afro-diaspóricas, questões de violência, resiliência e necropolítica, entre muitas outras. A performance consiste numa ação duracional, na qual Mombaça manufatura facas artesanais com materiais precários como pedaços de galho, atacadores de sapato e vidro quebrado. Um arquivo de textos, nomes e sons acompanham todo o processo, como forma de trazer ao espaço uma multidão de vozes que, por meio da própria voz da artista reclamam seus corpos, suas memórias e seus modos de sobreviver, apesar da captura e da morte.


Domingo, 30 setembro 2018 – 17h
Palestra – QUE SIGNIFICA DESCOLONIZAR?
Com Joacine Katar Moreira e Jota Mombaça
Duração: 2h

Que significa descolonizar, em face da atualização das feridas constituídas historicamente pelo processo de instauração da colonialidade como força ordenadora do mundo? Que significa descolonizar, quando o rolo compressor da necropolítica existe em nosso encalço e os nossos fantasmas nunca descansam face à reprodução de morte como expetativa de vida de comunidades inteiras? Que significa descolonizar, quando as nossas memórias são sistematicamente apagadas como forma de garantir que os nossos futuros nunca chegem? Esta roda de conversa partirá destas e de outras questões, interarticulando as questões levantadas pelas obras incluídas no arquivo com a atualidade das lutas por uma justiça descolonial e pela abolição de estruturas racistas em Portugal e no mundo.

Biografias

Jota Mombaça (1991) é uma bicha não binária, nascida e criada no Nordeste do Brasil, que escreve, performa e faz estudos académicos em torno das relações entre monstruosidade e humanidade, estudos kuir, giros descoloniais, interseccionalidade política, justiça anti-colonial, redistribuição da violência, ficção visionária e tensões entre ética, estética, arte e política nas produções de conhecimentos do sul-do-sul globalizado
Joacine Katar Moreira nasceu na Guiné-Bissau em 1982, é feminista e activista negra. É Doutora em Estudos Africanos e Investigadora do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE. Possui uma licenciatura em História Moderna e Contemporânea - vertente de Gestão e Animação de Bens Culturais e um mestrado em Estudos do Desenvolvimento. A sua perspectiva é interdisciplinar, trabalhando em simultâneo sobre questões de género, das violências e da política em geral, as questões do Desenvolvimento, das intervenções sociais e internacionais e dos movimentos cívicos. Possui vários artigos publicados e tem participado activamente no debate público sobre o racismo, o colonialismo e a Escravatura em Portugal. É presidente e fundadora do INMUNE - Instituto da Mulher Negra em Portugal, fundada por 27 mulheres de diversas áreas e que lutam contra a invisibilização e o silenciamento de mulheres, jovens e meninas negras na História e no tempo presente.
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