16:00 até às 16:00
Exposição de Fotografia UNI-VER-CIDADE de Isolina Lages

Exposição de Fotografia UNI-VER-CIDADE de Isolina Lages

Grátis
Olhar adentro

A Biblioteca Geral, no arranque deste novo ano letivo (2018/219) propõe abrir as portas da Universidade de Évora a toda a próxima comunidade estudantil, que ingressará na nossa Academia, e a toda a comunidade envolvente, através do olhar cristalizado, por obra de um fenómeno ao qual, muitos de nós, passamos alheios. O quinto elemento. Este, conjuntamente com os outros quatro, água, terra, ar e fogo, compõe os corpos celestes, e celebram a vida, jogando num ápice, tão efémero quanto despercebido, a abstração da beleza que a luz cria e reflete. Reflexos, que não obedecendo às lógicas da realidade visível, caiem nas graças de um lugar- comum, sobressaindo, contudo, à posteriori, através de uma inevitável urgência, celebrativa de uma eminente imaginação, que permite ao seu criador acrescentar, assim, na sua criação uma outra, possível, construção imagética. Estas possíveis construções imagéticas descrevem, naturalmente, um processo de criação de uma imagem fotográfica, que é lugar de dualidades, e separações, uma vez que, como nos refere Giorgio Agamben na sua  célebre obra, Profanazione, "a imagem fotográfica é sempre mais do que uma imagem; é o lugar de uma separação, e um dilaceramento sublime, entre o sensível e o inteligível, entre a cópia e a realidade, entre a recordação e a esperança." A imagem, assim como a estória, ou a própria interpretação da História são sempre construções resultantes de múltiplas escolhas, imagéticas, invisíveis, factuais, atitudacionais, mas representativas, contudo, de uni-versus, que sendo, mais ou menos reais, e duais, são, regra geral, reflexos da nossa própria nossa luz e sombra, e substanciadas por um eixo central, que as divide, ou aglutina. Diz-nos o poeta Petar Stamboliski: "Celebro a imaginação porque a realidade é um lugar- comum." É preciso permanência e constância. Parar nos espaços e no tempo, e dar largas à contemplação. Foi o que se propôs fazer a nossa convidada, Isolina Lages, autora do trabalho que agora apresentamos no espaço da Cisterna. Através da sua lente, a autora foi tomando o gosto pela observação, criando diálogos e silêncios, e desenvolvendo o apreço pelo afeto, recordando memórias, e refletindo no tempo, com tempo. Através da sua objetiva, e fazendo uma leitura do espaço, não de forma imediata, mas percorrendo, desse modo, com tempo o espaço ou o objeto à medida que o captava, Isolina Lages procurou mostrar-nos uma interpretação da sua realidade, recortando e (re)desenhando cantos e recantos, pormenores de uma Universidade repleta de estórias e História. Guiando-nos pelos espaços da contemplação dá-nos conta das belezas efémeras das coisas que passam, mas que ficam num lugar adentro.  Movendose, naquele que é o seu domínio, a autora "trespassou" num clic interativo, o potencial gerador de redes de comunicação, desvenda-nos o seu uni-versus, os que aqui e em si habita(ra)m.
RuteMarchantePardal
Biblioteca Geral UE        
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