Anos passam e DJ Kent mantém um perfil bem discreto. Como o Tiago? Kent vem lá de trás com os Force Of Nature, uma unidade japonesa com anos de tradição na cena híbrida – vamos chamar-lhe isso – entre Disco, House e Techno. Depois de FoN, The Backwoods, o nome mais utilizado por Kent nos últimos anos, não apenas como DJ mas sobretudo para produções próprias e remisturas, de Justin Vandervolgen ao próprio Tiago. Kent foi seu convidado várias vezes, na noite Trust!, e regressa em 2018 para Traste, actualizando um relacionamento também connosco. Que esperamos? Um ouvido japonês sobre muita música de dança Ocidental e Oriental, certo, mas por outro lado porquê dividir a geografia desse modo? Ao ouvir um set de Kent fica-se precisamente com a sensação de que não há território definido, a sua jogada de mestre consiste em limpar referências e elaborar um percurso (um set) em perpétuo movimento, como se a fluidez já viesse de trás e continuasse após o final. Ao limpar referências, subsiste a música, e um ouvinte casual terá dificuldade em ligá-la ao bang original do Disco ou a qualquer outro ponto clássico na evolução da música de dança. É outra coisa. Ou antes, são todos esses pontos filtrados pela cabeça de Kent numa mecânica permanentemente actual. Oiçam a sua remistura para “Below” de TBD (Vandervolgen) e contactem com 2018. Texto: José Moura Bilhetes à venda apenas na noite do evento. :::::::::: ENGLISH :::::::::: Years go by and DJ Kent still keeps a rather discrete profile. Same as Tiago? Kent comes from way back with Force Of Nature, a Japanese unit with a tradition of years in the - let's call it - hybrid scene between Disco, House and Techno. After FoN came The Backwoods, a name he's been using more frequently over the past decade or so, not only as a DJ but also for his productions and remixes for the likes of Justin Vandervolgen and even Tiago. Kent guested more than once on Tiago's Trust! night and he returns in 2018 for Traste, also updating our relationship with his music. What do we expect? A Japanese ear for a lot of Eastern and Western dance music, ok, but on the other hand why the geographical divide? When we listen to one of his sets we get the feeling there's no definite territory, his master stroke consists in erasing references to open a path (a set) in perpetual movement, ever fluid, pre existing but also still going beyond the duration of the set. By erasing references, it's the music that subsists, and a casual listener will have a hard time connecting it to Disco's original bang or any other classic point in the evolution of dance music. It's another thing. Or, better said, it's all those points filtered by Kent's head in non stop contemporary moves. Listen to his remix of TBD's "Below" and make your contact with 2018. Tickets only available at the door.
