22:00 até às 00:00
Curtas Portuguesas | 148ª Sessão HFNB!

Curtas Portuguesas | 148ª Sessão HFNB!

3.5€ - 5€
Ciclo #05.2018 “HFNB! em Setembro”

Sessão com a presença dos realizadores.

Aquaparque, Ana Moreira
2018, PRT, 15'
Pode uma adolescente sonhar que uma piscina de um velho e desativado parque aquático é um pavilhão olímpico onde ela está a ter a prestação de uma vida, digna de uma medalha olímpica, com Shirley Bassey a cantar “Nobody does it like me”? Pode uma adolescente esquecer que vive num país vítima de uma crise económica e social, ou ignorar o desemprego, a falta de perspetivas futuras e a hipótese de necessitar de emigrar? Pode essa jovem adolescente fazer a sua felicidade depender apenas de si? Estará essa adolescente disposta a pôr a sua felicidade em risco por amor? Estreia absoluta na realização de Ana Moreira, atriz revelada por Teresa Villaverde precisamente na interpretação de uma adolescente numa encruzilhada (quem pode esquecer “Os Mutantes”?), "Aquaparque" é um filme radioso e musical, mas também trágico e dramático, que vislumbra a vida como se estivéssemos no cinema, como se pudéssemos sentir as emoções dos outros e também pudéssemos sonhar enquanto espectadores. (Paulo Cunha)
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A Ver o Mar, Ana Oliveira, André Puertas
2017, PRT, 25’
O título deste documentário joga com o nome da localidade onde decorre a ação, A Ver-o-Mar, e a prática que é retratada: pessoas que passam longos períodos de tempo dentro de um automóvel a observar o mar e as pessoas que passeiam naquela marginal. Este é afinal um hábito partilhado entre diferentes gerações, entre diferentes casais, que aproveitam aqueles momentos para consolidar a sua intimidade, em gestos que se repetem e que o filme revela como naturais. O filme intromete-se nas conversas e cria uma relação de cumplicidade com as pessoas que filma, que vão ampliando as histórias que inventam para passar o tempo. (João Araújo)
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Declive, Eduardo Brito
2018, PRT, 7’
Filme-texto de Eduardo Brito, “Declive” é um filme para se ver e ouvir, embalado pela voz de Lula Pena, que se ambienta nas ventosas e nublosas paisagens de Scrabster, no frio norte da Escócia, um fim de terra que é observado a partir de uma casa plantada junto ao mar. A casa é sombria e misteriosa, uma espécie de relicário de outro tempo onde se guardam histórias e que convoca os fantasmas que ajudam a compor a memória dos lugares e das coisas. “Declive” é, sobretudo, um filme sobre regressos e recomeços, sobre a ausência e a finitude, onde o texto não é uma mera ilustração das imagens, ou vice-versa, mas representam duas camadas que criam sentidos autónomos e outros em simbiose, por vezes até contraditórios. (Paulo Cunha)
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Água Forte, Mónica Baptista
2018, PRT/PER, 15’
Uma composição sensorial e imersiva, esta é uma viagem a um local que parece parado no tempo, mas que permanece intemporal. Uma voz feminina lê um texto mitológico sobre a origem do mundo e dá o mote para um documentário-meditação sobre a presença dos elementos primitivos, como a água e a flora, e a coabitação com os nativos cujos retratos pontuam o filme. A câmara furtiva segue um barco a deslizar pelas águas calmas de um rio, como se este fosse como os anéis que revelam a história de uma árvore, num movimento que embala e nos conduz ao interior, físico e metafísico. Por fim, ao som de um cântico ancestral, a tela dá lugar a uma sequência de imagens, que surgem elas próprias como um rio que reduz o campo de ação ao essencial, desloca-se para um território poético e convoca a imaginação de cada um. (João Araújo)
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Anteu, João Vladimiro
2018, PRT/FRA, 29’
Para Anteu nascer, a sua mãe morreu. Alguns anos mais tarde, morreu o pai. Quando fez 16 anos, a sua avó morreu. Com os anos a passar, todos vão partindo, até que Anteu é o último homem da aldeia. Sozinho, apenas com as máquinas, Anteu constrói uma estrutura automatizada que permita que ele seja enterrado depois de morrer. “Anteu” é um filme de contrastes e opostos, às vezes conciliáveis (o som e o silêncio, o preto-e-branco e a cor), outras não (o berço e a cova), muitas vezes sobrepostos de forma a permitir a criação de novos sentidos (como na narração a duas vozes, por Gonçalo M. Tavares e pelo próprio João Vladimiro). João Vladimiro propõe uma reflexão sobre a vida e a morte como ritos que transformam a paisagem, mas também uma procura do lugar do homem enquanto ser telúrico, do seu desenraizamento e do papel mediador da natureza enquanto forma de compreender o mundo na sua complexidade. (Paulo Cunha)

Esta sessão é realizada em parceria com o Curtas Vila do Conde - International Film Festival.

Preçário 
Bilhetes: 5€
Estudantes, > 65 e Tripass: 3,5€

A bilheteira abre uma hora antes da sessão. Aceitam-se reservas exclusivamente através do email: reservas@portopostdoc.com. As reservas devem ser levantadas até meia hora antes da sessão.

Calendário do ciclo: 
12 de Setembro - 22h00 - Curtas Portuguesas | 148ª Sessão HFNB!
19 de Setembro - 22h00 - Martírio | 149ª Sessão HFNB!
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