No meu optimismo que ainda não quebrou, gosto de usar uma frase: hoje é bom, mas amanhã terá de ser melhor! A não ser assim, que raio estou eu a fazer na terra? Há um ano o Rui fez anos e houve festa no Lux. Mais do que de um sussurro agradável, lembro-me de uma celebração extraordinária, de um clamor musical único, frenético e amável. Descendo de um sitio por vezes demasiado alto e um pouco longe, o Rui deslocou a mesa onde ele constrói como ninguém a música que amamos dançar, para o chão onde os nossos corpos se agitam no alegre desespero de tentar acompanhar os sons, em estrofes e contra-estrofes, com que ele constantemente nos surpreende. Mas, acima de tudo, para se aproximar, sem remédio, de todos os que gostam dele e do seu modo de "tocar música". E ao nível dos olhos reconheceu-os todos e éramos muitos. Sorrisos e gestos, partilha, comunhão. Num amplo e fraterno gesto, soube "dividir" a mesa com os colegas de muitos e de menos anos e por toda a noite a música fluiu incandescente, tempestade com sentido, porque os flexíveis gritos de alegria não pararam nunca a dança. Agora o pai da Maria faz de novo anos - lei da vida, jovem Rui - e de novo há festa. E se a de 2017 foi inesquecível esta, garanto-vos, será ainda melhor, se não que "raio estaríamos nós todos a fazer nela?" Parabéns Rui, do João. Texto: João Botelho Bilhetes à venda apenas na noite do evento. Tickets only available at the door.
