23:45 até às 06:00
Superb #4: Avalon Emerson x Justin Cudmore x Orpheu The Wizard

Superb #4: Avalon Emerson x Justin Cudmore x Orpheu The Wizard

A noite Superb regressa em setembro com Avalon Emerson, Justin Cudmore e MVRIA na Disco, Orpheu The Wizard e Terzi no Bar. 

Com a Super Bock.


 Avalon Emerson

Encapsular perfeitamente a soulfulness da house americana, o futurismo do techno e a exuberância da rave não é tarefa para qualquer DJ, mas Avalon Emerson não só domina esse desafio, como também o torna seu - adicionando habilmente algumas de suas edições e produções inéditas. Nascida em São Francisco, Avalon Emerson cresceu no Arizona, onde aprendeu sozinha sobre engenharia de som e produção, parcialmente tocando e gravando as bandas dos seus amigos. Voltando a SF como jovem adulta, começou a fazer festas em armazéns de São Francisco, onde acabou por fazer escola como DJ.

De seu disco de estreia, "Pressure" / "Quoi" de 2014 na Icee Hot até aos seus lançamentos posteriores em selos como Shtum, Whities e Spectral, o seu perfil artístico subiu ao topo da dance music de hoje, pavimentando seu caminho com sets memoráveis em cabines como a do Panorama Bar ou do De School, ou festivais como Sustain-Release e Sónar. O que torna seu estilo tão unânime não é apenas a maneira impecável como navega entre estilos, mas também a propensão para detalhes de sound design e momentos dignos uma viagem onírica que toca o coração dos ravers mais a-par dos dias de hoje.


 Justin Cudmore

Há um lugar sónico hiper-dançável  onde a corrosão das linhas de acid e o sonho dos house stabs se encontram, numa espécie de comunhão primordial dos códigos da dance music. Justin Cudmore conhece esse lugar de sombra e luz como a palma da sua mão, uma vez que ajudou a escrever os mais recentes capítulos da sua história. 

Tanto nas suas produções como nas suas selecções enquanto DJ, sente-se o entusiasmo de quem não consegue não olhar para o futuro, mesmo que respeite - e referencie o -  passado. Os seus discos já sairam em editoras que incorporam a mesma ética: a The Bunker de Nova Iorque, a Interdimensional Transmissions de Detroit e a irrepreensível label dos Honey Soundsystem, HNYTRX. Os seus sets já puderam ser ouvidos em clubes como o Berghain ou o Smartbar e nas festas queer mais icónicas e influentes do planeta: Wrecked, Queen!, Horse Meat Disco, Hot Mass ou Club Toilet. Chegou a vez de o recebermos no Lux, de abraços tão abertos como o espectro de party music interessante e eufórica que costuma partilhar com as suas pistas.


 Orpheu The Wizard

Orpheu de Jong co-fundou a influente Red Light Radio, em Amesterdão, na famosa zona das luzes vermelhas que há décadas serve para sinalizar a cidade como diferente. Quando a rádio começou a emitir online, em 2010, o facto de ter montra para a rua (escolha deliberada!) mostrou logo um claro sentido de comunidade e partilha de música, discos. Orpheu fala no gozo de os comprar baratos, naqueles anos passados em que muita gente se desfez das colecções e reconverteu parte delas para digital. O seu início foi assim. Mais e mais discos. Nesse processo, descoberta de um caminho. Quando se tornou DJ, a missão estava lançada. Num set, Orpheu tende a abordar o lado exótico, lança uma rede longa sobre música que não soa de cá, ênfase na percussão, sons alienígenas, línguas diferentes mas, no entanto, não celebra o exotismo em si mesmo, só para exibir música diferente. O trabalho é assente na pista de dança, abrindo vistas diferentes, uma noção de História e o supremo prazer da partilha enquanto DJ e público navegam as BPMs. Junto com a Red Light Radio existe, no mesmo pátio, a loja Red Light Records, outra faceta do amor pelos discos e a vontade em os mostrar. Em complemento, selando a sua relação com o objecto físico, Orpheu é o designer residente da editora Dekmantel, também baseada em Amesterdão. Os discos vão para o mercado com a sua visão estética. Completa-se uma espécie de círculo na relação com a música, e se Orpheu The Wizard está exposto como DJ, ele é absolutamente fundamental como elemento que faz mexer os bastidores da cultura que tanto adoramos.


Textos: Inês Coutinho e José Moura


Bilhetes à venda apenas na noite do evento.


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Avalon Emerson

Perfectly encapsulating the soulfulness of American house, the futurism of techno and the exuberance of rave is not a task for just any DJ, but Avalon Emerson not only dominates this challenge, shemakes it her own - by skilfully adding some of her edits and unreleased productions. A San Francisco native, Avalon Emerson grew up in Arizona, where self-taught sound engineering and production, partially by playing in and recording her friends' bands. Coming back to SF in as a young adult, she began to put on warehouse parities in San Francisco, where she cut her teeth as a DJ. 

From her debut record, 2014's "Pressure"/"Quoi" on Icee Hot to her later outings on labels like Shtum, Whities and Spectral, her artistic profile rose to the top echelon of today's dance music, paving her steady way with memorable sets at booths like Panorama Bar or De School, or festivals like Sustain-Release and Sónar. What makes her style so unanimous is not only the flawless genre-hopping, but also the penchant for sound design details and moments of an oneiric tripiness that touches the very heart of today's most discerning ravers.


Justin Cudmore

There is a hyper-danceable sonic place where the corrosion of acid lines and the dream of house stabs meet, in a kind of primordial communion of dance music codes. Justin Cudmore knows this place of shadow and light like the back of his hand - as he helped to write the most recent chapters of its history.

Both in his productions and in his selections as a DJ, one feels the enthusiasm typical of those who can't help but look to the future, while still respecting - and referencing - the past. His records have appeared in labels that incorporate the same ethics: New York's The Bunker, Detroit's Interdimensional Transmissions and the impeccable label founded by Honey Soundsystem, HNYTRX. His sets have been heard at clubs such as Berghain or Smartbar - as well as at the most iconic and influential queer parties on the planet: Wrecked, Queen!, Horse Meat Disco, Hot Mass or Club Toilet. It's time to welcome him 
to Lux, with arms as open as the interesting and euphoric party music he usually shares with his dancefloors.


Orpheu The Wizard

Orpheu de Jong co-founded Red Light Radio in Amsterdam's Red Light District, an area that's been signaling the city's difference for decades. Online broadcasts started in 2010 and the fact the studio has a window to the street (deliberate choice!) shows a clear disposition to be a part of the community and share the music, share the records. Orpheu speaks of the thrill of buying cheap vinyl during those years when a lot of people got rid of their collections and replaced them for digital files. That was more or less the beginning. More and more records. In the process, a path was revealed. When he became a DJ, the mission was launched. Orpheu tends to the exotic, he casts a long net over music that doesn't sound from around these parts, highlighting percussion, alien sounds, different languages, making a point of avoiding show-off exoticism. A set is unmistakably directed at the dancefloor, opening up new vistas, a notion of History and the supreme pleasure of sharing music while both DJ and dancers surf the BPMs. Red Light Radio shares a courtyard with Red Light Records, another way of displaying great love for records and the eagerness to show them to other people. Additionaly, Orpheu is the house designer for local label Dekmantel. The records hit the market with his aesthetic vision and his relationship with the physical object becomes somewhat complete. If Orpheu The Wizard appears exposed as a DJ, he is absolutely crucial in the way he shakes the backstage of this culture we care for so much.


Tickets only available at the door.
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