Kruder & Dorfmeister richarddorfmeister.com residentadvisor.net/dj/kruder-dorfmeister Kruder & Dorfmeister, K&D, a sigla mais famosa dos anos 90, a dupla que gostava de brincar a Simon and Garfunkel nas capas dos discos e fazia musica com alto teor narcótico e poder aditivo. Peter Kruder e Richard Dorfmeister colocaram Viena no mapa e tornaram cidade e pais relevantes, numa época em que os franceses tinham o french touch, os alemães e holandeses o techno, e os ingleses tudo e mais alguma coisa. Até a Islândia tinha Bjork mas ninguém pensou que a Austria pudesse dar algum contributo significativo depois dos clássicos. Na verdade, Kruder & Dorfmeister definiram um estilo que começou por ser uma derivação do trip hop, com reforços de dub, mas acabou por ganhar vida e densidade próprias, enriquecido com algumas influências de bossa nova ou drum n bass e disseminado através da sua editora G-Stone. O toque mágico de K&D foi exercido sobretudo em remisturas, algumas das mais significativas reunidas nas, agora míticas, K&D Sessions. O disco, duplo em cd, quadruplo em vinil, saiu há precisamente 20 anos com revisões de originais de Depeche Mode, Lamb ou Rockers HiFi e deixou marcas profundas. Peter Kruder e Richard Dorfmeister, têm passado os últimos 18 anos mais empenhados nos seus próprios projectos, mas reactivam a sigla K&D para assinalar o feito e lembrar porque foram (e continuam a ser) tão importantes. São 20 anos de K&D Sessions e 20 anos de Lux. Que melhor pretexto para celebrar? Laurel Halo soundcloud.com/laurelhalo residentadvisor.net/dj/laurelhalo Os seus álbuns de pop vanguardista para as editoras Hyperdub e Honest Jon's estão num degrau bem alto deste século. Iguais a mais nada que foi ou está a ser feito. Uma aura muito freak alimenta forte pesquisa sónica por terras que o homem mal pisou. A sério. E como DJ? Laurel Halo percorre todo um universo de batidas quebradas que atinge até malhas da Príncipe, dub, breaks de rave, techno e, consoante as atmosferas, jazz profundo, poesia, DAF ou minimalismo clássico. Ao contactar mais de perto, é bonito ver que ela própria está em processo de descoberta e consegue retransmitir quase imediatamente, e de forma pessoal, os discos que descobre. Ouvi-la passar música implica quase necessariamente uma disponibilidade nossa para aceitar compreender outras linguagens e sermos desafiados. Laurel evita um contexto familiar de música de dança, dispensa uma rota pré-definida. O respeito que exibe por todas as músicas garante-lhe um acesso natural e o modo criativo como partilha connosco esse privilégio garante, a nós, uma expansão de que não estávamos à espera quando decidimos sair à noite para dançar. Contar aos amigos. Escrever no diário. Textos: Isilda Sanches e José Moura #luXXfragil Bilhetes à venda apenas na noite do evento. :::::::::: ENGLISH :::::::::: Kruder & Dorfmeister Kruder and Dorfemeister, K&D, the duo that used to pose as Simon and Garfunkel in their record covers and produced addictive music with narcotic beats. Peter Kruder and Richard Dorfmeister made Viena famous when France had french touch, Germany and Holand had techno and the UK had pretty much everything. Even Iceland had Bjork, but no one expected Austria to come up with anything relevant after all the classic composers. Kruder & Dorfmeister defined a genre that started out as some sort of trip hop with strong dub influences but gained it's own life flavored with bossa nova and drum'n bass, everything unfolded with the help of their G Stone label. K&D's magic touch was mainly applied on remixes, the most significant are compiled on the now mythical K&D sessions. The record was released in 1998, 20 years ago, and was deeply influential. For the last 18 years Peter Kruder and Richard Dorfmeister have both been busy with their own projects but are back like K&D to remind us why they were, and still are, one of the most important acts in electronic dance music. 20 years of K&D Sessions, 20 years of Lux...need a better reason to celebrate? Laurel Halo Her avant garde pop albums for Hyperdub and Honest Jon's rank really high, this century. Equal to nothing else that's been or is currently being produced. Her strong, trippy, aura feeds fierce sonic research in areas where Man has barely gone before. Seriously. And as a DJ? Laurel Halo flips through a whole universe of broken beats stretching up to Príncipe tunes, dub, rave breaks, techno and, according to the atmosphere, deep jazz, poetry, DAF or classic minimalism. Inspecting more closely, it's a beauty to realise she herself is in a discovery process and able to retransmit almost instantaneously, and in a highly personal way, the records dug out along the way. When she plays we need to be available to accept and learn other languages, to be challenged. Laurel avoids a familiar context of dance music, she does without a pre established route. The respect felt for all music grants her natural access, and the creative way she shares that privilege grants us an expansion we weren't counting on when we decided to go out dancing. Tell friends. Write in diary. Tickets only available at the door.
