Ainda com o belíssimo Concerto de Primavera fresco na memória, o Coliseu Porto Ageas revela agora como vai dar as boas-vindas ao Outono. Na noite de 22 de setembro, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o pianista Mário Laginha vão interpretar para o público "Rhapsody in Blue", de G. Gershwin. É o regresso de Mário Laginha ao Coliseu, mais de 10 anos depois. Dirigida pelo maestro Pedro Amaral, a Metropolitana interpretará ainda "No Reino da Natureza", Op. 91, de A. Dvořák, e a suíte do bailado "O Pássaro de Fogo" (vs. 1945), de Igor Stravinsky. À semelhança das últimas décadas, o período de transição entre os séculos XIX e XX marcou profundas transformações civilizacionais. Os desenvolvimentos científicos e tecnológicos, a par de paradigmas políticos e ideológicos emergentes, precipitaram realidades múltiplas e de interpretação complexa. As práticas artísticas refletem um testemunho privilegiado desse momento, sugerem narrativas que se consolidam e reinventam. No caso deste programa, é traçada uma linha entre a monumentalidade sinfónica oitocentista e as urgências sonoras no Novo Mundo, com vértice no convite dos Ballets Russes para pensar de maneira diferente. Começa com o Op. 91 de Dvořák, uma das três aberturas com que o compositor checo se apresentou ao público nova-iorquino em 1892. No Reino da Natureza é um poema sinfónico que não esconde uma dimensão espiritual panteísta, porventura nostálgica de um passado presente. Contrasta depois a Rhapsody in Blue de Gershwin, obra composta em 1924 em Nova Iorque, no tempo da proibição do consumo do álcool, da proliferação dos espaços de entretenimento noturno e do jazz. Na Broadway despontavam novos talentos, como era o caso de Gershwin, que cruzou o jazz com a música clássica e escreveu o mais popular concerto para piano do Novo Mundo, o qual tanto contribui para que o seu nome tenha o prestígio universal que hoje em dia se lhe reconhece. Por fim, recuamos até 1909, com a exuberância musical do bailado O Pássaro de Fogo, a primeira incursão de Stravinsky fora do seu país, e logo no panorama musical parisiense. Nesta partitura, o compositor aproveitou a sugestão sobrenatural do enredo para se abandonar em ritmos frenéticos que tanto chocaram os mais conservadores como entusiasmaram grande parte da assistência. A história conta a viagem de um príncipe num reino enfeitiçado. Por entre princesas e um rei maléfico, cruza-se também com O Pássaro de Fogo, uma ave com penas douradas e poderes mágicos que o ajudam a libertar-se. O maestro Pedro Amaral dirige a Orquestra Metropolitana de Lisboa. No piano estará Mário Laginha, pianista e compositor que conta com mais de três décadas de carreira. Com uma sólida formação clássica, tem escrito para formações tão diversas como a Big Band da Rádio de Hamburgo, a Big Band de Frankfurt ou a Orquestra Filarmónica de Hannover. Bilhetes: Cadeiras de Orquestra 25€ 1ª Plateia 22,50€ 2ª Plateia 20€ Tribuna 22,50€ Camarotes 1ª (6 lugares) 120€ Frisas (6 lugares) 105€ Descontos: Amigos do Coliseu - 20% <12 e >65 anos - 10% Estudantes de música - 10% https://www.coliseu.pt/evento/20180922-concerto-de-outono/ Uma coprodução Orquestra Metropolitana de Lisboa e Coliseu Porto Ageas.