17:00 até às 21:00
Sunday Show 'A SUNDAY of LOVE'

Sunday Show "A SUNDAY of LOVE"

1€ - 3€
Artistas confirmados:
Madunna Louise Ciccone, Mónica Coteriano (aka La Monique), Tânia Carvalho (aka Tani Tati), Gonçalo Ferreira de Almeida (aka Maria Bakker), Maria Duarte (aka Mary Nanda) e Luiz L Antunes, Inês Nogueira (aka Inês Nô), Mariama Barbosa (aka Madunna da Guiné), Sandra Cachaco (aka Sandra Lein), Vania Doutel Vaz (aka Vani Vai), Bruna Carvalho (aka Brunette Promete), Luísa Brandão, Marilia Maria Mira (aka MMM), Inês Monstro, Ana Teresa Magalhães (aka Nini), João Baalman, Paula Lovely e Francesca Guatteri, António Almada Guerra, Sofia Marques Ferreira, Imperatrisha, Marsha Cards (aka Britney Espirro) e Paulo Duarte Ribeiro e talvez muitos outros.

Staff: Jorge Bragada, Lucy Blue, Tiago F. Cruz, Victor Gonçalves, Mel, Richard Crow, Ana Rita Osório, Rita Rio de Sousa, Gonçalo Alexandre, Filipe Viegas, Pawel Godlewski, Miguel Bartolomeu

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Em 2001, já nem nos lembramos como e porquê, fomos convidados a fazer um evento num domingo no Bar das Palmeiras, sede do então PSR (actual Bloco de Esquerda). 

O Filipe Viegas tinha acabado de criar uma personagem, Madunna, que entrava num vídeo filmado em Times Square para o seu espectáculo “15 minutos”. A Madunna tinha a amiga Tani Tati (Tânia Carvalho), o Paulo Brás a Clara Sena e o Nuno Branco na personagem de DJ Yé Yé Sing Sung. Já nem nos lembramos o que fizémos mas fizemos furor e foi muito divertido. 

Depois disso, e como já tínhamos o estúdio da Bomba Suicida (um colectivo de produção criado por artistas em 1997 e extinto em 2014), fizemos um show muito tímido, em 2002, sempre ao Domingo ao qual chamámos “Sunday Show – Madunna, Back for good.”
Mas foi com  “O Grande Festival da Canção da Bomba Suicida” que o Sunday Show adquiriu o seu formato de cabaret. 

Estamos ainda em 2002, quando num Domingo à tarde a única coisa que havia para fazer era ir passear para o Colombo e a Bomba Suicida decidiu que isso tinha que mudar. Tinha de haver qualquer coisa alternativa para fazer aos Domingos a tarde e convidámos uma série de amigos artistas para fazerem o que quisessem segundo um tema pré-estabelecido pela Bomba. Criámos um núcleo duro e ao qual se iam juntando outras pessoas, artistas e não artistas, para criar um cabaret puro onde durante 2 horas as pessoas estavam entretidas.

Às 17:00 a Madunna, a La Monique e outras personagens estavam na porta de trás do edifício da Interpress no Bairro Alto a receber o público… Começava logo ali o show… era muito importante que as pessoas sentissem desde logo o ambiente para o qual eram acolhidas… Estavam a entrar para um mundo mágico de fantasia, glitter e trash onde iriam passar as próximas horas. No bar da Bomba Suicida vendiam-se as famosas caipirinhas, era permitido fumar, era um momento de encontro entre o público e às 18:00 começava o Sunday Show. 

A porta da Interpress fechava-se e dava-se início ao cabaret,  com um ingresso de apenas 3 euros, pois a política da Bomba era fazer eventos acessíveis a todos.

Das 18:00 às 20:00/21:00 a Madunna e outras vezes a Madunna e a La Monique eram as hosts, as masters of ceremony, as apresentadoras, e os números sucediam-se um atrás do outro para o puro deleite do público, que se sentava no chão a ver um show que era iluminado com os candeeiros que os membros da Bomba Suicida traziam da sua casa. Como uma vez disse o Manuel Henriques , actual director  adjunto da Trienal de Arquitectura de Lisboa “Isto é a fingir que é a sério”… e sim… era tudo a fingir… que era a sério. Era esse o espírito. 

Desde “O que é nacional is good” como homenagem ao produto nacional, onde nunca nos esqueceremos do número do Ivo Cativo “Não importa... exporta!”, ou o Sunday de homenagem ao movimento Dada chamado Cabaret Voltaire e numa agenda cultural de um jornal diário nacional aparecia que a banda Cabaret Voltaire davam um concerto no estúdio da Bomba, ou nas “Bombas de Oiro” onde havia o prémio para o Melhor Apoio à Arte Contemporânea onde o querido Paulo Cunha e Silva (então director do Instituto das Artes) perguntou à Madunna com grande humor se eles iriam ganhar e ao que ela lhe responde “Darling... You weren’t even nominated!!!” (e ganhou o bar Purex). 

Os temas/títulos sucediam-se no vaguear das mentes criativas dos membros da Bomba: o “Repeat” onde todos tinha que reinterpretar a mesma música, a do Elvis “You were always on my mind”, “Madunna & the Cindi Lopairs” com o coro das Cindi Lopairs a acompanhar todo um Sunday da Madunna, ou o “Para variar, dançar” onde se homenageava a dança, ou quando houve a invasão das lojas dos chineses o “Made in China”, ou “Sex is the answer” que iniciou com a memorável frase da Madunna “If sex is the answer then... I am the question!”, ou até quando fizemos o funeral da histórica personagem do Gonçalo Ferreira de Almeida, a mítica Maria Bakker em “Maria Bakker is dead”. Fizemos 5 Sunday Shows fora do estúdio da Bomba: o “Electric Schock” a convite do querido Luis Firmo de Torres Vedras, o “Benham bêr” nas Pedras e Pêssegos no Porto a convite do fã Jaime Garcia e o “All that Sunday” no LUX-Frágil a convite do amável Manuel Reis e no aniversário dos 10 anos do Sunday Show fomos  convidados pelo festival Alkantara, pelo co-programador Ricardo Carmona a fazer 2 Sundays e como estávamos a “regressar dos mortos” fizemos o “Off the Grave” e no fim-de-semana a seguir o “Bollywood”.

Enfim os estimulantes temas/títulos do Sunday proporcionavam aos artistas fazerem coisas que nunca fariam, ou como uma vez disse a grande Margarida Mestre: “Ainda bem que tenho o Sunday porque estava farta de fazer coisas lá em casa só para mim.”

O desejo de voltar  ao Sunday é partilhados pelos artistas (dentro e fora do palco como por exemplo o Jorge Bragada, o Aleksandar Protic ou o Stiga que nos ajudavam no back stage com a maquilhagem, o styling e a cenografia respectivamente). O Sunday Show foi e sempre será incondicionavelmente feito com muito amor e exactamente por isso vai ser o tema deste Sunday nos Anjos70: o Amor - “A Sunday of Love”.

Nesta Associação, os Anjos70, a Suicidada Bomba encontrou uma irmã distante e próxima ao mesmo tempo. É aqui que temos de fazer o Sunday Show... Há qualquer coisa que tem o mesmo espírito... Um certo espírito de rebelião e de inconformidade.

Contamos com todos vocês. Quem viveu o Sunday Show, quem nunca o viu e quem o viu e já morreu... Queremos que todos os Anjos venham ver, por isso a música que devem ouvir a seguir a lerem este texto é “Calling all Angels” de Jane Siberry na versão com a K.D. Lang que podem encontrar no Spotify. 

Ponham na vossa agenda: 30 de setembro de 2018 às 17:00 nos Anjos70: ”A Sunday of Love”
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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