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Ran - Os Senhores da Guerra (1985)
Ran - Os Senhores da Guerra

Ran - Os Senhores da Guerra (1985)

Grande Auditório

Este grandioso filme de Akira Kurosawa adapta a peça Rei Lear aos temas e ambientes do Japão Medieval, com o episódio de um velho guerreiro que decide repartir as suas terras pelos três filhos, desencadeando uma luta de poder entre os irmãos, que termina de forma trágica.
Da mestria de Kurosawa resulta uma extraordinária e excêntrica fusão entre um dos maiores clássicos literários do ocidente e um estudo minucioso da história do Japão do século XVI. Para fazer da peça de Shakespeare um detalhado fresco de uma época histórica, Kurosawa não só lhe introduz diversos elementos estilísticos do teatro Nô, como se apropria do seu enredo e o radicaliza tornando-o muito mais extremo que o original, demostrando assim a verdadeira universalidade deste clássico.
Ao longo de 10 anos, Kurosawa estudou de forma minuciosa aquela época – os gestos, o vestuário, os adereços, a arquitetura – para os transpor para o filme e, antecipando o agravamento da sua perda de visão, preparou um storyboard detalhado, a partir do qual a sua equipa soube exatamente como filmar cada cena de RAN.
Esta grandiosa produção, pela forma tão cuidadosa e precisa como foi pensada e realizada, resulta num inesquecível espetáculo visual, rico na sua dramaturgia e detalhes, e foi amplamente premiada, nomeadamente com o Óscar para melhor figurino e vários BAFTA.


Produção | CCB | Midas Filmes


Ciclo de Cinema William Shakespeare
Uma parceria CCB / Midas Filmes

É já longa a relação do cinema com a obra dramatúrgica de Shakespeare. O ciclo de filmes que agora se apresenta cobre um lapso temporal que vai de 1948, com o Hamlet de Laurence Olivier, um homem do teatro, até ao Romeu e Julieta, de Baz Luhrmann, de 1996, adaptação e releitura contemporânea de uma das histórias de amor mais marcantes da literatura ocidental. Se a questão das adaptações a partir da palavra escrita levanta sempre questões de fidelidade ao texto de partida – neste caso as peças de W. Shakespeare –, os filmes deste ciclo são a demonstração de que cada caso é um caso – uns mais próximos do pathos dos personagens, como nas adaptações de Laurence Olivier, e outros em que a linguagem cinematográfica parece afastar-se do texto original ou, ainda, em que o realizador opta por uma aproximação da linguagem ao universo teatral. No entanto, todos os filmes deste ciclo são a demonstração da genialidade de Shakespeare e testemunho do fascínio que a sua obra continua a exercer noutras artes.


Fonte: https://www.ccb.pt/Default/pt/Programacao/Cinema?a=1402
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