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A Boda
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A Boda ©Bruno Simão

A Boda

Pequeno Auditório

São atores e colegas do desaparecido Teatro da Cornucópia e olham para esta encenação de A Boda, de Bertolt Brecht, como o segundo gesto (após A Morte de Tintagiles, de Maeterlinck) de uma aposta na emancipação de um «novo» grupo em formação. Nesta centenária peça de um ato, uma das suas primeiras, Brecht decanta na desagregação de uma célula familiar todo o conturbado fracasso do período pós-Primeira Guerra Mundial alemão. Os noivos e convidados de A Boda entregam-se a uma coreografia ilusória de papéis, atitudes e expectativas, mas cedo o verniz estala, «a mobília cerimonial» (literalmente) quebra, a «cola» que a segurava sendo falsa. Através do olhar quase indiscreto e comicamente cruel de Brecht, como se «a ideia fosse rir e fazer rir do sério», o encenador Ricardo Aibéo viu a possibilidade de fazer, nesta altura precisa, uma espécie de «divertimento», que simultaneamente nos convida a perguntar «se é no conforto, na comodidade, no nosso pequenino espaço que devemos investir o nosso suor». De certa forma, a desmontagem social de uma família que em A Boda se encena, reitera, em contraponto, a pertinência da fundação de uma outra família de colegas e amigos que trabalham como pares há mais de 20 anos, apesar das dificuldades.

Tradução Jorge Silva Melo e Vera San Payo de Lemos
Encenação Ricardo Aibéo
Cenografia Cláudia Lopes Costa
Guarda-Roupa Cláudia Lopes Costa e Susana Moura
Desenho de Luz Rui Seabra
Fotografia Bruno Simão
Gestão administrativa Patrícia André
Direção de produção Armando Valente
Produção executiva Daniel Nunes

Interpretação David Almeida, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, João Craveiro, Luís Lima Barreto, Márcia Breia, Rita Durão, Rita Loureiro, Sofia Marques

Agradecimentos Alexandre Oliveira, António Câmara Manuel, Gabriela Mendes, Patricia Costa, Teatro do Bairro, Teatro do Vestido, TRUTA

Produção SUL
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional São João


Sete Rosas Mais Tarde - Ciclo Sobre a Solidão

O ciclo dedicado à temática da solidão, cujo título foi «roubado» a um poema de Paul Celan, intitulado Cristal, propõe uma reflexão sobre uma realidade integrante da condição humana e que muito recentemente foi considerada, por várias instituições e governos, epidemia. A reflexão, contudo, não se debruça sobre discursos clínicos, mas é antes mediada por objetos artísticos que partem desse solo que cada um sente como único para o transcender e, quer através da palavra ou da música, nos confrontar com as várias modulações que a arte soube construir a partir dessa experiência radical e universal.


Fonte: https://www.ccb.pt/Default/pt/Programacao/Teatro?a=1386
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