Ilustrações de Lorenzo Baraldi e Gianna Gissi
As profissões de direção de arte e de guarda-roupa são, muitas vezes, desconhecidas da maioria do público, que se lembra sempre do nome dos atores e frequentemente do realizador. Nós estamos do outro lado da câmara de filmar e as pessoas desconhecem a importância do nosso contributo para a construção de um filme. Juntamente com a fotografia, damos ao cinema a sua “essência”: a imagem. A imagem é feita de espaços, lugares e pessoas, portanto cenário e guarda-roupa. Os desenhos expostos fazem parte de uma longa preparação para o filme, um percurso de “aproximação” à história e à época na qual o mesmo se desenvolve; ainda antes dos diálogos, o cenário e o guarda-roupa sugerem ao espetador a atmosfera na qual as personagens estão envolvidas. Temos, portanto, a responsabilidade de que estes “indícios” sejam corretos e que, após semanas de pesquisa, documentação e uma quantidade enorme de desenhos, se chegue finalmente a encontrar a “chave” adequada para interpretar a história que foi confiada.
GIANNA GISSI
Figurinista
Depois de ser assistente de Dario Cecchi, Gianna Gissi começou a trabalhar como figurinista para importantes telenovelas no final dos anos 60. A partir de 1979, colaborou com os melhores realizadores italianos como Gianni Amelio, Roberto Benigni, Riccardo Milani, Michael Radford, Maurizio Nichetti, Carlo Mazzacurati, Peter del Monte, Carlo Verdone, entre muitos outros. Com Mario Monicelli assinou seis filmes, entre os quais “Il marchese del Grillo” e “Amici miei atto segundo”. Venceu vários prémios, incluindo o David di Donatello e o Time for Pace Award.
LORENZO BARALDI
Diretor de arte
Baraldi iniciou, em 1966, a sua atividade como ilustrador, cenógrafo, assistente na direção e decorador em 26 filmes. Em 1972, assinou o seu primeiro filme como cenógrafo e designer. Trabalhou com os mais importantes realizadores como Alberto Sordi, Dino Risi, Maurizio Nichetti, Paolo e Vittorio Taviani, Michele Placido, Pupi Avati, Paolo Virzì, Carlo Vanzina e Alberto Lattuada. Teve, também, uma longa colaboração com Mario Monicelli, com o qual trabalhou em 16 filmes, nomeadamente, “Vogliamo i colonnelli”, “Amici miei” e “Il marchese del Grillo”.
Fonte: http://www.culturafnac.pt/il-postino-salina-%e2%80%93-a-metafora-da-poesia/
