COMPAIXÃO CICLO DE CONFERÊNCIAS ASSOCIÇÃO DE PROFESSORES DE FILOSOFIA MUSEU DE SÃO ROQUE FEVEREIRO / JUNHO 2018 23 de Junho, 15h A praxis da Compaixão, por Ana Sofia Branco, Isabel Jonet, Inês Souta “A sociedade atual precisa de compaixão, não sinónimo de pena, mas de empenhamento no bem comum, indo ao encontro dos que sofrem, com as nossas escolhas e forma de viver. Ter compaixão significa colocar-se incondicionalmente ao lado do outro, levando-lhe o que ele precisa, com alegria. A compaixão exige de nós atos, iniciativas. Exige que não nos conformemos e que passemos do sentimento à ação. Compaixão e solidariedade ou caridade são indissociáveis.” Isabel Jonet Ana Sofia Branco Ana Sofia de Oliveira Branco, Licenciada em Serviço Social, pelo Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa Presentemente assume funções no Núcleo de Planeamento e Intervenção com a Pessoa Sem-Abrigo (NPISA), Unidade de Emergência da SCML, acompanhamento social às pessoas e famílias refugiadas, no âmbito do protocolo de cooperação em matéria de apoio a requerentes e beneficiários de proteção internacional. Participa, igualmente, no grupo operativo de apoio à comissão de acompanhamento do referido protocolo que integra diferentes entidades parceiras. O Núcleo de Planeamento e Intervenção com a Pessoa Sem-Abrigo de Lisboa (NPISA) é uma rede de recursos convergentes e coerentes, onde cada entidade e parceiro, atualmente agrega 23 entidades, colocam ao serviço do NPISA os seus recursos de forma a se alavancar um valor partilhado, que beneficia a qualidade do acompanhamento e a capacidade de resposta às pessoas em situação de sem-abrigo. É objetivo do NPISA Lisboa manter e melhorar a estrutura e as metodologias implementadas, contribuindo para a promoção de uma intervenção coordenada e cada vez mais eficaz que, por um lado, cria novas metodologias que têm por objetivo a melhoria das respostas existentes; e, por outro lado, apresenta novas abordagens que procuram, não só aumentar o conhecimento no âmbito desta problemática, mas também, reforçar a intervenção existente, com um enfoque especial na prevenção das situações de risco. Isabel Jonet Licenciada em Economia em 1982 - Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Trabalha em regime de voluntariado no Banco Alimentar Contra a Fome desde 1993, sendo Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome e do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa. Estruturou e lançou em 2005 o programa Educar para a Cidadania dirigido a crianças e jovens, o qual, através do caso prático do Banco Alimentar mostra a importância dos valores na formação e na educação. Fundou em 2004 a Entreajuda, projeto inovador na área da solidariedade social, que visa dotar instituições de solidariedade social com instrumentos e recursos de gestão e de organização suscetíveis de aumentar a eficiência dos seus meios e a eficácia dos seus resultados. No âmbito da Entreajuda, concebeu e lançou a Bolsa do Voluntariado; o Banco de Bens Doados e o Banco de Equipamentos, diversos projetos na área da saúde, com a finalidade de cortar ciclos de pobreza, e interromper a transmissão hereditária da pobreza. Trabalhou no Comité Económico e Social das Comunidades Europeias, em Bruxelas, entre 1987 e Julho de 1993. Inês Monteiro Souta Formada em Engenharia Física e Tecnológica, trabalha há 10 anos em consultoria de sistemas de informação, nomeadamente como consultora de SAP Logística. Atualmente é Presidente da Sol sem Fronteiras, Organização não-governamental para o Desenvolvimento ligada aos Missionários do Espírito Santo, pertencendo à direção social da associação desde 2013. Formou parte, durante 10 anos, do movimento católico juvenil “Jovens Sem Fronteiras”, tendo nesse âmbito feito 2 experiências de voluntariado de Curta-duração em Angola (Ponte 2008) e no Brasil (Ponte 2005). A ação social da Sol sem Fronteiras: um testemunho da praxis da compaixão Num mundo onde o principio ético da compaixão é esvaziado de significado, a Sol sem Fronteiras aposta por um trabalho baseado em valores de inspiração cristã onde o sentimento piedoso sobre o mal alheio não é considerado indiferente, mas, muito pelo contrário, é o ponto de partida para reconhecer que um mundo melhor é possível através dos projetos de cooperação e voluntariado internacional ou educação para o desenvolvimento.
