Textos para nada – Comunidade de leitura de pensamento contemporâneo
com encontros de três em três semanas aos sábados, às 19h, no Irreal
O próximo texto para nada proposto para leitura comum é «Um mundo de gente» (in ‘Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins’, 2014) da filósofa brasileira Déborah Danowski e do antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro, que pode ser descarregado aqui: tinyurl.com/ybar6snq.
Aquilo de que se sente falta é da voz despida de cada um, a de leitores quaisquer — atentos à literalidade e pouco ávidos de discursos precoces — de textos para nada, sem pressupostos nem hierarquias. Ler a várias vozes é acolher a tensão entre uma leitura forçosamente encerrada na solidão e o que a torna comum. E a intranquilidade dos textos secretos não se distingue, talvez, da sensação de incompletude, desse resto intratável que permanece por ler, qual não saber solicitante. Urgência de leituras abertas e comprometidas com o elemento intempestivo do pensamento, que permitam fazer comunidade de um contemporâneo desconhecido.
Começa-se com a leitura propriamente dita do texto, pela voz alternada dos presentes. Após a leitura de cada fragmento, faz-se uma pausa para comentários, cuidando da circulação da palavra.
Esta comunidade de leitura é aberta a qualquer um e faz-se da participação e da partilha dos textos secretos de cada um. Assim, temos vindo, no fim de cada encontro, a escolher em conjunto o próximo texto para nada a ler. Os textos devem ser, em geral, pouco extensos, em língua portuguesa (ou traduzidos para o efeito). Pensem em novas propostas! Criámos uma pasta para colocarem as vossas propostas de leitura: www.dropbox.com/home/Textos%20para%20nada/propostas.
Imagem: Araweté (Eduardo Viveiros de Castro, 1982)
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