UC Exploratório - Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra
Rotunda das Lages, Parque Verde do Mondego - Coimbra Ver website
História da Alimentação na Pintura Desde a Pré-História que o Homem desenhou nas paredes das grutas imagens de gazelas, mamutes e outros animais, que representavam a sua preocupação em matar a Fome, especialmente em períodos de crises climáticas. Exemplo do que se afirma pode ser observado nas grutas de Altamira. Lascaux, etc. As imagens dos animais habitualmente consumidos para matar a Fome apresentavam-se como um duplicado do ser verdadeiro, tendo o mesmo poder de matar a Fome. É interessante verificar que mesmo durante a civilização egípcia, era costume fazer pinturas na parede dos túmulos representando oferendas de caça, de peixes, de pão, de vinho, etc. com o objectivo de permitir ao defunto ter alimentos para a eternidade. Não obstante, matar a Fome não tem para o Homem civilizado o mesmo significado de Alimentação. No primeiro caso, a ingestão de alimentos não tem em conta o seu aspecto visual nem o sabor. Seneca disse um dia “A fome não é exigente. Basta contentá-la. Como não interessa”. A Alimentação por seu lado não representa um acto isolado sendo a origem da sociabilização de significados e rituais sociais e religiosos! Podemos assim dizer que a História da Alimentação só pode ser integrada na História da Arte após a descoberta do fogo há ± 7.ooo anos. A cozedura dos alimentos permitiu não só a sua melhor digestão, mas também torna-los mais apetecíveis e agradáveis quando são apresentados com Arte. Na História da Arte, a Alimentação e os Alimentos foram sempre fonte de inspiração dos Artistas quer em épocas de abundância, quer durante as crises sociais, de que destaco as guerras, sendo usados como símbolos de crítica social ou de conceitos moralísticos de que são exemplos “Vanitas”, a Arte Pop, ou Eat Arte. Na pintura como em outras Artes, a Alimentação e os Alimentos apresentaram-se ao longo das várias épocas com aspectos tão diferentes, que permitem identificar períodos diferentes da vida social e temporal. Participe! Data: Sexta-feira | 13 abril 2018 Horário: 18h00 Duração: 1h45 Orador: Helena Saldanha Oliveira - Professor Catedrática Jubilada da Universidade de Coimbra Entrada Livre
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