15:00
Workshop de danças Afro-Cubanas

Workshop de danças Afro-Cubanas

20€
Workshop de danças Afro-Cubanas
Orientadora: Francesca Negro
Duração: 03 horas 
Data: 28 de abril
Horário: 15:00 às 18:00HS
Valor: 20 euros
Informações e Inscrições: francescanegro42@gmail.com

Esse workshop pretende oferecer uma visão geral de algumas danças que são definidas com o termo genérico de afro-cubanas. Nelas distinguimos cinco vertentes principais, ou ciclos: o ciclo Bantu-Congo, o ciclo Yoruba, o Ciclo Ararà, o ciclo Franco Haitiano. As Danças Afro-cubanas de origem Yoruba são as danças ligadas aos Orichas (escrito também Orisha, Orixa ou Orisa) são danças de origem religiosa ligadas à tradição da Santeria: fenómeno de sincretismo, ou sobreposição das figuras dos santos católicos e de figuras ancestrais sagradas dos povos africanos existentes em Cuba, que nos rituais santeiros são celebrados com música de tambores Batá, cantos e danças específicas. Estas figuras são personificações das forças da natureza, que têm carácter sagrado. Estas divinidade são chamadas de Orichas (ou Orisha, Orixás no Brasil). O ciclo Arará é também ligada à figura de personificações de divinidades, assimiláveis às do ciclo Yoruba. Entre as danças do ciclo Bantu-Congo, a mais conhecida é o Palo Monte, dança que representa uma inteira cultura e que tem uma vertente pagã e uma religiosa. O carácter sagrado desta cultura e da religião a ela ligada é todavia preservado com o máximo cuidado e interdito às pessoas que não pertencem á religião, por essa razão a parte dançada é apenas a parte folclórica destas danças, sem tocar nenhum aspecto da parte mística. O ciclo Franco Haitiano inclui danças quais Gagá, Merengue haitiano, Vudú, Tumba Francesa. O workshop será dividido em duas partes, na primeira vamos explorar o ciclo Yoruba e vamos danças um dos Orishas do Panteão. Na segunda parte vamos passar a um dos outros ciclos. As danças do ciclo congo e franco-haitiano também são danças de par, por isso é importante que existe uma pre-inscrição da parte dos alunos interessados: para planear uma aula que inclua todas as pessoas e aproveite o mais possível da variedade do vocabulário afro-cubano.

O ciclo Yoruba tem origem na Nigeria e no Benin, de onde o povo desta etnia é originário e ainda vive. A partir destas regiões da Africa provinham muitos dos escravos levados para a America central America do sul, em conjunto com escravos de origem Bantu-Congo que é ligada a outras danças e ritmos, a cultura ewe-fon (denomidad em Cuba Arará) e a cultura Franco haitiana que deriva da imigração de escravos de Haiti para Cuba depois da revolução Haitiana (1791- 1804). A cultura Yoruba é ligada a uma tradição mitológica muito rica que conseguiu sobreviver até hoje por meio do seu sincretismo com a religião católica na época em que a dominação hispânica quis eliminar qualquer traço de formas religiosas primitivas destes povos para impor a religião católica. Para sobreviver fisicamente e permitir uma sobrevivência dos seus cultos e figuras religiosas e cerimonias os adeptos encontraram a sua maneira de sobrepor aos Orichas um santo católico, conforme a proximidade das características das duas personagens, ou conforme a época de celebração do culto do santo em questão. Por meio deste “disfarce” os cultos continuaram e a religião Yoruba se manteve viva até hoje. O fenómeno do sincretismo deu portanto origem em Cuba à palavra Santeria que define o cultuo dos santos, considerado religião em Cuba. Neste workshop não vamos entrar em questões religiosas mas simplesmente explorar a simbologia e a parte folclórica da tradição Yoruba para perceber as danças e os seus significados. Os Orichas são também considerados figuras arquetípicas, muitas vezes utilizados em dança terapia para explorar modelos do inconsciente colectivo e convidar o aluno/dançarino a explorar a personalidade representada pelo Oricha em si próprio, permitir-se ser algo diferente da personalidade que tem no dia a dia, sair de si e voltar de pois a si mesmo de forma diferente. Este tipo de pratica de dança é portanto considerado como um processo catártico no qual o dançarino entra e sai de outra forma, desenvolvendo alguns elementos da própria personalidade que ainda não conhece. Estas danças obrigam o corpo a um intenso trabalho físico mas também permitem atingir uma sensação de bem estar muito profunda e permitem desenvolver uma grande capacidade de isolação das diferentes partes do corpo, dominação da própria fluidez no movimento e grande capacidade de interpretação da percussão e desenvolvimento da musicalidade.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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