19:00 até às 21:00
Inauguração da Exposição Mário Dionísio Vida e Obra

Inauguração da Exposição Mário Dionísio Vida e Obra

No dia 03abr2018 às 19H00, vamos inaugurar a exposição  “Mário Dionísio - Vida e Obra”.

Haverá uma conversa com Diana Dionísio, que fará a apresentação da Casa da Achada e da exposição e com Pedro Rodrigues, que falará de Mário Dionísio, relacionando-o com Zeca Afonso.

No final teremos um momento musical com o Coro da Casa da Achada, com músicas de Zeca Afonso e com letra de Mário Dionísio.


Mário Dionísio (de Assis Monteiro)
Lisboa, 1916-1993
Escritor, pintor, professor.
Algumas notas da vida e obra (ver mais em http://www.centromariodionisio.org/)

1916. JUL. 16
Nasce em Lisboa, na Rua Andrade, n.º 2 (Anjos). Filho único de Eurico Monteiro, comerciante e oficial miliciano e de Julieta Goulart Parreira Monteiro, doméstica, com o curso superior de piano.

1929
A alteração das zonas escolares obriga-o a mudar para o Liceu Gil Vicente (na Graça) no 4º ano (actual 8.º ano), onde é companheiro de Jorge Domingues, seu grande amigo, e onde é aluno de Francês de Câmara Reys, fundador da Seara Nova – um dos dois únicos professores de que guardou boas memórias. 

1931
Faz a sua primeira greve, no Liceu Gil Vicente, de solidariedade com a Revolta da Madeira.
Completa o 5º ano do Liceu (actual 9º ano).
Morre o avô materno com quem vivia.

1938
Resolve fazer a sua dissertação de licenciatura sobre a «Ode Marítima» de Fernando Pessoa, autor até então ignorado na Faculdade de Letras de Lisboa e pela primeira vez declamado por Manuela Porto, sua amiga. Fica reprovado no exame de licenciatura.
Colabora na Presença e na Revista de Portugal. Publica no Sol Nascente «Apontamento sobre a necessidade de ver claro», faz crítica literária em O Diabo, para a direcção do qual entra. Acaba o livro Poemas. 

1940 . JUL.
18 dias depois do casamento sabe que está turberculoso. É obrigado a interromper o estágio para professor liceal. Passa 8 meses no Grande Hotel Sanatório do Caramulo.

1941
No Caramulo, escreve uma peça em 13 cenas que foi representada pelos doentes no Carnaval.
Abandona o sanatório do Caramulo por falta de recursos financeiros. Vem doente para Lisboa, impossibilitado de trabalhar pela doença que durará 3 anos. Continua o tratamento em casa. É a mulher, então professora no Liceu Pedro Nunes, quem sustenta a casa.

Retrato de Maria Letícia
Lê e escreve, é visitado por muitos amigos, entre os quais Álvaro Cunhal,Huertas Lobo, Livro Poemas - Coimbra, 1941, Col. Novo Cancioneiro nº 2, capa c./ desenho de Manuel Ribeiro (de Pavia)António Augusto de Oliveira.

Começa a pintar.

Publica Poemas, 2º volume da colecção Novo Cancioneiro, editada em Coimbra, por Joaquim Namorado e outros. A gravura da capa é de Manuel Ribeiro de Pavia. A edição esgotou-se antes de chegar às lidvrarias. Houve quem o passasse à máquina.

1946. JUN. 6
Nasce a única filha que teve, Eduarda.

1948
Participa na III Exposição Geral de Artes Plásticas com 3 óleos e no Salão de Inverno da SNBA.

Colabora em Itinerário, jornal de Lourenço Marques.

Faz o prefácio de XIV Desenhos Pomar

Capa do Livro: Pomar XVI Desenhos	1948 – Mário Dionísio enquanto pintava um quadro que viria a destruir. Ao fundo retrato a carvão de Mário Dionísio por Tereza Arriaga (1944)	«Vendedor Ambulante», óleo; 34 x 42, 1947, colecção particular. Exposto na III EGAP (1948).	«O Músico», tinta de esmalte s/ tela; 130 x 97, 1948, col. Berardo. Exposto na III EGAP (1948), na Galeria Nasoni (1989).	
 
enquanto pintava um quadro que viria a destruir. Ao fundo retrato a carvão de Mário Dionísio por Tereza Arriaga (1944)
Vendedor Ambulante
O Músico

1950
Retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar, 1950	«Oh mulher das mãos gretadas», óleo s/ tela; 94 x 69, 1950, col. particular. Exposto na VI EGAP (1951) com o título «Mulher a lavar a louça»; exposto Galeria Nasoni (1989).	«Maternidade Camponesa», óleo s/ platex, 142 x 75, 1950. Exposto na V EGAP (1950), com o título «Maternidade»; na exposição «Neo-realismo» (1983), na Galeria Nasoni (1989), em Vila Franca de Xira (1991), no CAM da FCG (1991), na exposição «Neo-Realismo / Neo-Realismos» (1996), em «Um tempo, um lugar» em Vila Franca de Xira (2005).
Retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar, 1950
Mulher a lavar louça
Maternidade Camponesa
Capa livro: O Riso Dissonante

 
Publica o livro de poemas O Riso Dissonante.

Traduz A Pérola de John Steinbeck.

Faz no Colégio Moderno, onde ensina, uma conferência intitulada «Convite ao Estudo da Poesia Moderna Portuguesa».

Expõe 4 trabalhos na V Exposição Geral de Artes Plásticas.

Faz o cartão para a única tapeçaria sua que foi executada, «Ribeira do Tejo».

Começa a escrever o diário inédito Passageiro Clandestino.

 1962
 
Conclui a publicação de A Paleta e o Mundo, cujo 2º volume tem muito maior dimensão do que o primeiro.

Publica na revista Colóquio da Fundação Calouste Gulbenkian um artigo sobre o início da arte abstracta, antes de Kandinsky.

Começa a colaborar regularmente no Diário de Lisboa.

Frequenta a tertúlia do café Bocage (na Av. da República, em Lisboa) que se prolongará por vários anos, onde se reúnem diariamente José Gomes Ferreira, Carlos de Oliveira, João José Cochofel, Augusto Abelaira e outros.

1973
Continua a pintar.
«Do outro lado do talude», óleo s/tela, 37 x 46, 1973, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Do outro lado do talude

Começa a publicar a edição de A Paleta e o Mundo, em 5 volumes, nas Obras de Mário Dionísio.

 1975
«Mastros e velas», óleo s/tela, 46 x 38, 1975, col. particular. Exposto na Galeria Nasoni (1989)
Mastros e velas
 
Continua a pintar.

Recusa o cargo de ministro da Educação por duas vezes, em Março e em Setembro.

É director de programas da RTP em Dezembro.

Colabora em várias publicações periódicas.

1982

É professor associado convidado da Faculdade de Letras de Lisboa onde continua a reger, com este estatuto, a mesma cadeira.
O volume Poesia Incompleta é reeditado, acrescido de poemas «Dispersos no tempo». Publica o livro de poemas Terceira Idade, 10º e último volume de Obras de Mário Dionísio.
É-lhe atribuído o Prémio do Centro Português da Associação Internacional de críticos, ex-aequo com Alexandre O’Neill.
Faz uma intervenção no II Congresso dos Escritores Portugueses intitulada «A Criação e o(s) Poder(es)».
Participa na exposição «Escritores Pintores» que se realizou na Fundação Gulbenkian, por ocasião do II Congresso de Escritores.
Participa no lançamento da 2ª edição de Glória, uma aldeia do Ribatejo de Alves Redol, que tem lugar em Glória do Ribatejo.
Nasce a sua única neta, Diana.

1991
Catálogo Exposição Vila Franca de Xira - 1991	Catálogo Exposição no Centro de Arte Moderna, FCG - 1991
Participa na exposição «Arte com Timor», no Palácio das Galveias, em Lisboa.

O Museu do Neo-Realismo organiza em Vila Franca de Xira, no Celeiro da Patriarcal, e em Lisboa, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, os 50 Anos de Vida Literária e Artística de Mário Dionísio (exposições de pintura e bibliográfica, colóquios, leitura de poemas e leitura encenada de textos).

1993. NOV. 17
«Recordações cruzadas», acrílico e colagem s/ tela, 81 x 100, 1990-93. Exposto na Galeria Nasoli – Porto (1990), em Vila Franca de Xira (1991), na FCG (1991), na Galeria Triângulo (1992), no Museu da Resistência e na Casa da Cultura de Coimbra (1996), em Vila Franca de Xira («Os escritores também pintam», 1997).
Recordações cruzadas
Morre, aos 77 anos, de doença cardíaca, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Não quis velório nem flores, nem a presença da mulher e da filha no funeral. O corpo seria cremado no cemitério do Alto de São João no dia seguinte.

 

POESIA
Via luminosa e outros poemas, Lisboa: Edições Momento, 1934, prefácio de Marques Matias.

Retirado por Mário Dionísio da sua bibliografia

Poemas, Coimbra, 1941, Col. Novo Cancioneiro nº 2, capa c./ desenho de Manuel Ribeiro (de Pavia) 

As solicitações e emboscadas, Coimbra: Atlântida, 1945, vinheta da capa de Tereza Arriaga 

O riso dissonante, Lisboa: Centro Bibliográfico, 1950, col. Cancioneiro Geral nº 4 

A edição especial de 40 ex. tem retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar (1950) e autógrafo de Mário Dionísio.

Memória dum pintor desconhecido, Lisboa: Portugália Editora, 1965, col. Poetas de Hoje nº 19, c./ reprodução  de poema ms. de Mário Dionísio 

Poesia incompleta - 1936-1965, [Mem-Martins]: Publicações Europa-América, 1966, col. Obras de Mário Dionísio nº1, c./ foto de Mário Dionísio 

Poesia incompleta, 2ª ed. c./ reedição integral de Poemas, Publicações Europa-América, 1982, col. Obras de Mário Dionísio nº1, c./ pintura de Mário Dionísio (1979) 

Le feu qui dort, [Mem-Martins] e Neuchatel, Publicações Europa-América e Editions de la Bâconniêre, [1967], c./ guache inédito de Vieira da Silva. 

Terceira Idade, Mem-Martins: Publicações Europa-América, 1982, col. Obras de Mário Dionísio nº10, c./ retrato de Mário Dionísio por Júlio Pomar (1950) 

 

PROSA (conto, novela, romance, memórias)
Oiro! – caricatura duma civilização, Lisboa: Edições Gleba, 1934, desenho na capa de Luiz Areosa.    Novela retirado por Mário Dionísio da sua bibliografia.

O dia cinzento, Coimbra: Coimbra Editora, 1944, col. Novos Prosadores, capa c./ desenho de Leandro Gil (pseudónimo de Mário Dionísio)  

O dia cinzento e outros contos, [Mem-Martins]: Publicações Europa-América, 1967, col. Obras de Mário Dionísio nº2, c./ desenho inédito de Júlio Pomar (1965) 

Não há morte nem princípio, [Mem-Martins]: Publicações Europa-América, [1969], col. Obras de Mário Dionísio nº4 

O dia cinzento e outros contos, [Mem-Martins], Publicações Europa-América, 1978, col. Livros de Bolso nº 182 

Monólogo a duas vozes – Histórias, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1986, col. Autores de Língua Portuguesa  

Autobiografia, Lisboa: O Jornal, 1987, Col. Autobiografias nº3, capa c./ foto de Inácio Ludgero (1986)  

A morte é para os outros, Lisboa: O Jornal, 1988, col. Os Dias de Prosa 

  

ENSAIO
Ficha 14, Lisboa, Lisboa: ed. Autor, 1944. Artigo escrito para a Seara Nova e que foi censurado pela redacção. 

O drama de Vicente Van Gogh, Coimbra: Vértice, 1953 

Separata da revista Vértice; conferência na SNBA e na Faculdade de Ciências (1951), comentário ao filme sobre Van Gogh de Gaston Diehl e Robert Hessens.

A Paleta e o Mundo - Lisboa: Publicações Europa-América, Vol I, 1956, Vol II, 1962, orientação gráfica de Maria Keil.  

Introdução à Pintura - Lisboa: Publicações Europa-América, 1963, col. Saber Especial, nº 18 SE       1ª parte de A Paleta e o Mundo 

Introducción a la pintura, trad. Juan Eduardo Zúñiga, Madrid: Alianza Editorial, 1972 

A Paleta e o Mundo, 2ª edição, [Mem-Martins]: Publicações Europa-América, 1973-1974, 5 volumes, col. Obras de Mário Dionísio nº5 – nº9. 

Conflito e Unidade da Arte Contemporânea, Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1958 
Conferência na SNBA, Lisboa (I Exposição de artes Plásticas da FCG, 1957), Museu Machado de Castro (Coimbra) e no Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco (1958). 

Conflito e Unidade da Arte Contemporânea, [2ª ed.], Almada: Galeria Municipal de Almada, 1992
Reedição da conferência na I Exposição de artes Plásticas na FCG (1957); separata do catálogo da exposição «Conflito e Unidade da Arte Contemporânea» em Almada

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