CAE Sever do Vouga
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DO BOSQUE PARA O MUNDO Será possível explicar a crise dos refugiados aos Mais Novos? Será que as histórias reais da atualidade transbordam os limites da crueza do imaginário tradicional? Do Mundo, o que escolhemos contar? Do Bosque para o Mundo é um espetáculo que se inspira nas histórias tradicionais, nas histórias do Bosque, que nos fizeram sentir medo e que nos procuraram preparar para o Mundo. Nas histórias do Bosque antes de terem sido alteradas, suavizadas e censuradas. Mas Do Bosque para o Mundo é também um espetáculo inspirado nas histórias do Mundo, em histórias que nos confrontam com a dureza e a coragem. Histórias como as de muitas crianças refugiadas que atravessam países, à deriva, entre a vida e a morte. A história de um rapaz afegão que procura refúgio na Europa é o ponto de partida da peça "Do bosque para o mundo", que se estreia terça-feira em Lisboa e tenta explicar aos mais novos o drama dos refugiados. Sobre este espetáculo Retirado de jornal Observador, ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA Autor Miguel Fragata e Inês Barahona, os autores da peça infantil �"Do bosque para o mundo�" A história de um rapaz afegão que procura refúgio na Europa é o ponto de partida da peça “Do bosque para o mundo”, que se estreia terça-feira em Lisboa e tenta explicar aos mais novos o drama dos refugiados. Com texto de Inês Barahona e encenação de Miguel Fragata, “Do bosque para o mundo” estará no Teatro Municipal São Luiz de terça-feira a domingo, e em palco estarão Anabela Almeida e Manuela Pedroso, narradoras de uma história sobre crianças refugiadas. “Começámos à procura dos grandes temas informativos e a crise dos refugiados foi um deles. Começámos à procura de histórias que fossem contadas na primeira pessoa, de crianças refugiadas e ficámos tão envolvidos pelo tema que achámos que era sobre isto mesmo que tínhamos de falar”, contou Miguel Fragata à agência Lusa. No palco há malas de viagem de vários tamanhos e feitios e um gigante mapa da Europa, no qual se traça a viagem dos irmãos Farid e Reza, duas crianças afegãs enviadas pela mãe com destino a Inglaterra e que serão separadas durante o percurso. “Interessava-nos dar a conhecer esta realidade e abrir espaço para que adultos e crianças possam falar sobre este tema, que está tão próximo e presente na nossa realidade, aqui ao lado, e muitas vezes sentimos que há uma pressão para esconder debaixo do tapete. O que nos interessa é levantar esse tapete”, sublinhou Miguel Fragata. À Lusa, Inês Barahona explicou que a intenção da peça é falar sobre o drama de quem foge de cenários de conflito e “dar espaço e confiar na inteligência das crianças para que façam a sua leitura e a sua reflexão. Quando isso acontece, as questões naturais de cada um emergem”. Pode haver milhares de quilómetros, toda uma geografia e um contexto político e social a separar a realidade de uma criança em Portugal de uma do Afeganistão, mas há questões “deste rapaz de 12 anos [a personagem Farid] e que ele próprio enuncia e que são comuns a muitas das crianças que virão assistir ao espetáculo”, disse. A pensar num público mais novo, Miguel Fragata e Inês Barahona tiveram necessidade de explicar conceitos básicos, sobre o que é ser refugiado ou traficante, sobre asilo, e quais as regras dos países europeus, recorrendo a várias estratégicas cénicas apelativas. “Era importante perceber de que forma podíamos chegar aos vários níveis de conhecimento [do público] e tornar o tema e a presença desta criança universal. O ponto de partida é muito longe, é uma realidade muito distinta, mas há um perfil que é universal, uma criança de 12 anos”, disseram. Miguel Fragata e Inês Barahona, ambos ligados à vários anos à dramaturgia e à encenação, voltam a trabalhar juntos num espetáculo para crianças e jovens depois de “A caminhada dos elefantes” e “The Wall”. Vídeo promocional: https://www.youtube.com/watch?v=rRjsX37u8fo Ficha Técnica e Artística: Encenação: Miguel Fragata; Texto Inês Barahona; Interpretação: Anabela Almeida e Manuela Pedroso; Desenho de luz: José Álvaro Correia; Cenografia e figurinos: Maria João Castelo; Música original: Teresa Gentil Produção Executiva: Formiga Atómica Apoio: Escola das Gaivotas Coprodução: Formiga Atómica e São Luiz Teatro Municipal Data de apresentação: 21 de junho (quinta-feira) às 10h00 e 14h00 Público escolar Bilhete: Entrada Livre. Duração: 45’
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