22:00 até às 01:00
Jasmim + April Marmara

Jasmim + April Marmara

April Marmara

Do pedaço ghost folk da multifacetada Spring Toast Records, surge April Marmara. Bia Diniz, cantora e compositora deste solitário projecto, vai beber aos ambientes bucólicos dos amigos e companheiros de editora, Calcutá ou Jasmim. Mas não nos limitemos a comparações imediatas, até porque estamos perante um universo bastante singular. Com uma invulgar serenidade nos dedos e na pose, e com um registo vocal cuidado e arrepiante, April Marmara apresenta-nos as suas negras canções de amor. São canções sem espinhas ou gorduras desnecessárias que, ora lembram as noites de vendaval vistas pela janela do quarto, ora lembram os passeios ao sabor da brisa das pálidas manhãs de Outono. Imagens e mais imagens, que Bia Diniz canta sem qualquer pudor. Uma coragem fora de série, que é friamente catapultada para os ouvidos de quem ouve, e reconhece a nostalgia, a solidão e a universalidade de quem escreve canções folk assim. Sim, tudo isto é folk, e é como folk deve ser, solitário, bem cantado, e que podia não ter língua nem terra! 



Bia Diniz - voz, guitarra
Teresa Castro: guitarra, harmónio, voz
Martim Braz Teixeira: teclas, voz

https://aprilmarmara.bandcamp.com/releases
https://www.facebook.com/aprilmarmara/

Jasmim

A idade do Martim bem que poderia ser para aqui chamada mas o espanto que o talento emanado pelos de calendário curto importa cada vez menos. O que sobrevém existe e deve ser notado porque resulta das vísceras e do querer fazer. Meio que desengonçadamente, o lisboeta, que já estudou cinema, acabou por dar trabalho aos dedos ao serviço dos Mighty Sands, um dos produtos da fecunda Spring Toast Records. Por lá vai serpenteando notas e acordes em teclados que, somados a mais instrumentos, executados por engenhosos e diletantes artistas, fazem do colectivo um dos projectos mais interessantes dos últimos tempos da música lusa. 

No entanto, havia um espaço mais fundo que Martim queria ocupar e transpirar, uma dimensão necessitada de outra largura e precisa de individualidade. Assim, os elementos que rumorejavam a sua imaginação repousaram, num cicio quase acidental – adjetivemo-lo como mágico -, no alter-ego Jasmim. A poesia, a natureza, os outros e Martim com os outros, têm agora um lugar que se destapa ao mundo para, com melodias e palavras encantatórias, ser um acrescento maior e feliz das nossas vidas. 

A formação de Jasmim é constituída pelo músico (Martim Braz Teixeira de registo notarial), na guitarra e voz, Violeta, flauta transversal e teclas, Bia Diniz, baixo, Pedro Morrisson, bateria, e Rui Antunes, sintetizadores. O título “Oitavo Mar” serve de introdução e apresentação à arte de Jasmim. Em cinco temas que somados resultam em pouco mais de 26 minutos, tudo parece flutuar numa airosidade graciosa, quase envergonhada: círculos em câmara lenta num lago secreto assombreado de frescura e perfume. As canções “Paraíso”, “Caio”, “Sem Pressa”, “Loucura” e “João”, avançam estendidas em narrativas descomplicadas mas frondosas de matéria - bonitas -, ritmos que não reclamam urgência, voos harmónicos e melódicos embriagantes a reclamarem cores suaves. 

Quando se ouvem as composições de Jasmim, sente-se uma espécie de conforto afectuoso, uma brandura próxima de quem nos parece cantar ao ouvido para, sem pudores, dizer do coração. A estreia em formato EP de Jasmim é um tratado íntimo e belo de quem não pede muito mas dá tudo para sermos delicadamente servidos. Mais do que ouvir, receber “Oitavo Mar” é imperioso.

https://jasmim.bandcamp.com/
https://www.facebook.com/Jasmim-877189285732837/

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