18:30 até às 21:30
HPCP: 2 filmes de Catarina Alves Costa | com a presença da real.

HPCP: 2 filmes de Catarina Alves Costa | com a presença da real.

Em março, na rubrica HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA PORTUGUÊS (HPCP), retomamos a memória do novo documentário surgido nos anos noventa que iniciámos em janeiro com A DAMA DE CHANDOR. Esta é a vez de Catarina Alves Costa, com dois filmes da primeira fase da sua carreira, emergentes da sua formação em Antropologia – REGRESSO À TERRA (ainda feito no contexto do seu mestrado na Universidade de Manchester) e SWAGATAM, rodado junto da comunidade hindu de Lisboa. Encontro marcado para o dia 8 de março às 18h30, numa sessão com a presença da realizadora.

Sobre os filmes

08/03/2018, 18H30 | SALA LUÍS DE PINA
HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA PORTUGUÊS
REGRESSO À TERRA | SWAGATAM
duração total da projeção: 85 min | M/6
com a presença de Catarina Alves Costa
REGRESSO À TERRA
de Catarina Alves Costa
Portugal, 1992 – 35 min
SWAGATAM
de Catarina Alves Costa
Portugal, 1998 – 50 min

“Faço documentário porque foi a forma que encontrei de fazer antropologia”, dizia há anos Catarina Alves Costa, cujo percurso cinematográfico é todo ele marcado pelo cruzamento desses dois espaços, ou dessas duas vontades – um cruzamento que se tornou um dos fatores da sua identidade no seio da geração que renovou a prática do documentário entre nós na última década do século XX. Respetivamente o primeiro e o terceiro título da autora (entre eles houve SENHORA APARECIDA, de 1994), estes dois filmes dão-nos a formação de um olhar e o que se pode considerar o fecho de um ciclo inicial de trabalho num momento de amadurecimento dele. REGRESSO À TERRA foi rodado nas povoações minhotas da zona de Caminha e nele está já uma nova forma de atenção (mais mostrada do que “dita”) à realidade humana profunda de gentes em curso de isolamento progressivo, e uma nobreza de olhar no confronto com os seus gestos e os seus corpos, que seriam depois recorrentes na obra de Catarina Alves Costa. SWAGATAM (que pode ser visto como o belíssimo contracampo de A DAMA DE CHANDOR, também de 1998) é a “Índia em Lisboa”, ou, com maior precisão, um retrato da comunidade hindu residente na cidade, mais uma vez deixando uma marca pessoal importante num território cinematográfico (dedicado às questões de imigração e integração) que, tendo alguns antecedentes, iria desenvolver-se no cinema português. Alves Costa vai ao interior da comunidade e filma-a com conhecimento e subtileza num retrato complexo feito de vários níveis de diferença e de potencial tensão (as clivagens internas, de casta, e a afirmação identitária no seio de outra cultura), de novo à altura do olhar dos membros da própria comunidade, sem comentário simplificador e sem toque de sobranceria.
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